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Zoom e Peloton: os picos da pandemia estão na vaga de quedas e despedimentos

Empresas que subiram como nunca por causa da COVID-19 passaram a apresentar valores mínimos e a despedir em quatro vagas.

As grandes crises são grandes oportunidades, em alguns contextos. E a COVID-19 não foi excepção.

A pandemia originou novos hábitos e houve empresas que apresentaram os seus melhores resultados de sempre em 2020. Precisamente por causa do coronavírus.

No entanto, como se costuma ouvir, manter-se no topo é mais difícil do que chegar ao topo.

A agência Reuters destaca os casos de empresas que chegaram ao topo por causa da pandemia mas agora, mais de dois anos e meio depois de o mundo ter mudado, não se conseguiram manter no topo.

O nome mais popular será o Zoom. Com as pessoas “presas” em casa, multiplicaram-se as conversas por vídeo, muitas vezes em grupos, e milhares ou milhões de reuniões de trabalho passaram a realizar-se através dessa plataforma.

Por causa dessa “explosão” inesperada, há dois anos cada acção do Zoom valia inéditos 588,84 dólares; isto em Outubro de 2020. Em Outubro de 2022 as acções da mesma empresa valem 72 dólares (oito vezes menos).

Pessoas em casa foram sinónimo de mais exercício físico realizado em casa – para quem realiza exercício físico regularmente. E, por isso, a Nautilus também vendeu muito mais do que antes.

A empresa de venda de equipamentos de exercício físico também atingiu valores inéditos na bolsa norte-americana, com 31,30 dólares por cada acção, e agora fica-se pelos…1,57 dólares.

A maior queda é também a mais recente: a Peloton, que vende bicicletas estáticas, anunciou despedimentos pela quarta vez, na semana passada. As contas da empresa são muito delicadas.

Na bolsa a Peloton também registou uma queda muito considerável, passando de 171,09 dólares há quase dois anos para 7,24 dólares na sexta-feira passada.

Noutra escala, a Amazon – que domina no comércio online – desceu 32,5% em bolsa ao longo deste ano.

Daniel Morgan, gestor de portefólios de activos da Synovus Trust, resumiu na Reuters: “Agora, cada empresa terá de adaptar o seu modelo de negócio a um ambiente normal”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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