As Nações Unidas divulgaram uma lista de 112 empresas envolvidas em práticas comerciais prejudiciais à preservação dos diretos humanos do povo palestiniano em territórios ocupados por Israel.
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas divulgou uma lista de 112 empresas envolvidas em práticas comerciais prejudiciais dentro do território ocupado da Palestina. Airbnb, TripAdvisor e General Mills são algumas das empresas visadas no relatório. Em causa estão atividades específicas que levantam preocupações sobre os direitos humanos na Cisjordânia.
De acordo com a VICE, o Airbnb e o TripAdvisor foram incluídos devido à prestação de serviços de apoio à manutenção e existência de assentamentos, incluindo transporte. A Motorola, por exemplo, também é visada por fornecer equipamentos de vigilância e identificação para assentamentos, para o muro da Cisjordânia e para pontos de verificação.
Este relatório surge no seguimento de uma investigação para perceber “as implicações dos assentamentos israelitas nos direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais do povo da Palestina em todo o território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”.
Para além das empresas beneficiarem dos assentamentos israelitas nestes territórios, as autoridades de Israel também incentivam as empresas a levarem para lá os seus negócios. Para as Nações Unidas, esta é um clara infração dos direitos humanos da população palestiniana.
O fornecimento de equipamentos e materiais para facilitar a construção e expansão dos assentamentos e do muro; o fornecimento de equipamentos para a demolição de habitações e propriedades; e o despejo de lixo nas aldeias palestinianas estão entre as atividades dolosas reportadas pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
“A publicação deste banco de dados é um primeiro passo concreto muito significativo de qualquer entidade da ONU para responsabilizar empresas israelitas e internacionais que possibilitam e lucram com os assentamentos ilegais de Israel, que constituem um crime de guerra” escreveu o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções).
“Agora é hora de todas as instituições públicas […] pararem de contratar, adquirir ou investir nas empresas listadas, para evitar cumplicidade no regime de ocupação militar e apartheid de Israel”, lê-se ainda.
Espectacular como todos batem no zézinho. Se eu fosse o tal país, nunca, mas nunca ia devolver terreno aos destruidores inúteis
Não se diz “assentamentos” mas sim colonatos.
Nunca houve um pais chamado Palestina para ocupar.