Ownever vai ter mesmo uma sexta-feira às escuras. Zeeman “recusa entrar no ciclo de consumo excessivo e insustentável”.
A Black Friday está quase a chegar – embora já tenha começado há semanas em vários espaços comerciais, o que leva alguns consumidores a ironizar e a dizer que temos um “Black Month”.
Embora, como noutros anos, já tenha surgido a questão: os descontos são mesmo descontos? Há produtos que ficaram muito mais caros há pouco tempo, para agora parecer que o preço baixou muito.
Há pelo menos duas empresas que se desviam desta parte comercial e destas publicidades que aparecem por todo o lado. Porque são contra a Black Friday.
Tal como já tínhamos partilhado, a Ownever não entra nesta “loucura”. Aliás, até vai fechar na sexta-feira.
A empresa que cria e repara malas intemporais apela ao “consumo consciente, sustentabilidade e preservação do artesanato”, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.
Fechar na Black Friday é forma de a Ownever “resistir à cultura do fast-fashion e de incentivar os nossos clientes a refletir sobre o valor dos bens que já possuem”.
A marca tem um compromisso com a “moda lenta”, malas feitas à mão “com todo o cuidado, desenhadas para durar, e acompanham um serviço vitalício de reparação”.
A Zeeman não fecha mas não alinha em grandes descontos e campanhas de curta duração. Recusa “entrar no ciclo de consumo excessivo e insustentável que caracteriza a Black Friday.”
A multinacional holandesa especializada em vestuário e produtos têxteis, que está em Portugal, defende que o preço “deve ser sempre o mais baixo possível todos os dias, e não apenas numa efeméride específica”. Ou seja, apresenta preços baixos durante todo o ano.
“Assim, convidamos os nossos clientes a visitarem as nossas lojas na Black Friday como o fariam em qualquer outro dia”, finaliza o comunicado também enviado ao ZAP.
«…O drogado é a própria essência da sociedade de consumo…» – Michel Clouscard