//

Empresas e associações pedem ao Estado pagamento imediato de 500 milhões de euros em atraso

Cerca de 1.400 empresas, que aderiram à iniciativa “Compromisso de Pagamento Pontual”, pedem ao Estado que pague 554 milhões em atraso.

Segundo o Jornal de Negócios, quase 1.400 empresas exigem ao Estado português que pague todas as dívidas com mais de 90 dias a fornecedores, que ascendem a 554 milhões de euros, e que reduza os prazos de pagamento para menos de 30 dias.

As empresas e associações aderiram à iniciativa “Compromisso de Pagamento Pontual”, promovida pela Confederação Empresarial de Portugal, pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica e pela Associação Cristã de Empresários e Gestores.

Esta exigência já havia sido reivindicada durante a discussão do Orçamento do Estado para 2020, mas a economia estagnada por causa da pandemia de covid-19 fez com que as empresas sofressem de escassez de liquidez, e a exigência ganhou uma nova dimensão.

Neste sentido, as empresas exigem que o Governo cumpra com a obrigação que tem para com os fornecedores, “pagando o que deve de forma imediata“.

O “Compromisso de Pagamento Pontual” cita os dados da Direção-Geral de Orçamento segundo os quais, até fevereiro, a administração central tinha um passivo de 554 milhões de euros a fornecedores, mais 6,9% do que no mesmo período do ano anterior. Se forem consideradas as dívidas a mais de 90 dias, o valor sobre para 613 milhões.

Além do pagamento imediato do stock de dívida a mais de 90 dias, as empresas querem que o Estado reduza “de forma significativa” os prazos médios de pagamentos a todos os seus fornecedores para menos de 30 dias.

Por último, as subscritoras do “Compromisso de Pagamento Pontual” pedem às administrações locais e regionais locais para que “não cedam à tentação de atrasar pagamentos” durante a crise provocada pelo novo coronavírus.

O “Compromisso de Pagamento Pontual” é uma iniciativa que procura substituir um “ciclo vicioso” de atrasos nos pagamentos em Portugal, quer por parte do Estado, como também das próprias empresas do tecido económico.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.