“Em defesa do Alto Minho”. Empresário de Viana do Castelo candidata-se à liderança do CDS

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Carlos Meira / Facebook

Carlos Meira, ex-presidente da concelhia do CDS-PP de Viana do Castelo.

O empresário Carlos Meira, militante de Viana do Castelo do CDS-PP, vai ser candidato à liderança do partido no congresso da sucessão da ainda líder, Assunção Cristas, que está marcado para 25 e 26 de Janeiro.

“A candidatura à liderança do partido está lançada em defesa do Alto Minho e de Viana do Castelo. Em defesa de todos os Alto Minho deste país, que não têm voz, que são oprimidos por um centralismo serôdio e bacoco que abunda em Portugal”, afirmou à Lusa o empresário de 33 anos.

Natural de Viana do Castelo, Carlos Meira é militante do CDS-PP desde os 19 anos e ex-presidente da concelhia do CDS-PP de Viana do Castelo. Foi o candidato do partido à Câmara da capital do Alto Minho nas autárquicas de 2013.

No anúncio da sua candidatura, no conselho nacional do CDS, fez uma intervenção crítica da liderança de Cristas.

“Pela primeira vez na minha vida entrei nesta sede. Olhei para todos os quadros que estão nas paredes e só me apetece dizer a muita gente aqui nesta sala: tenham vergonha do rumo que o partido está a tomar”, afirmou. Já no congresso de 2018, Carlos Meira tinha tecido duras críticas a Assunção Cristas.

O candidato a líder do CDS acusa a ainda líder do CDS de “não respeitar as bases do partido”. “Acha que é dona disto, e não é. Saia e vá para casa, precisamos de gente que tenha coragem de defender o povo. Não queremos elites. Levou o recado merecido do povo português”, afirmou Meira, referindo-se aos resultados “desastrosos” das eleições legislativas de 6 de Outubro.

Carlos Meira pediu ainda “respeito por quem trabalha todos os dias pelo partido”. “Somos nós que damos a cara pelo partido, somos nós e não vocês que estão em Lisboa a mandar umas postas de pescada”, afirmou. “Trabalhamos diariamente e fazemos tudo pelo partido da nossa terra e vocês pisaram-nos e pisaram as bases de Viana do Castelo”, acrescentou, considerando que “a derrota foi muito bem merecida” e que “o povo deu um sinal claro de que não quer gente de Lisboa a liderar as nossas listas”.

A escolha de Filipe Anacoreta Correia para  cabeça-de-lista por Viana do Castelo, nas legislativas de 6 de Outubro, já tinha merecido críticas de Carlos Meira. “Não apoio, não apoiarei um deputado de Lisboa na minha terra”, tinha referido, concluindo que “em Viana mandam os Vianenses”.

Para Carlos Meira, neto de um ex-deputado do Estado Novo, existe “um grave problema” no CDS-PP que foi “fundado para defender o povo, mas que se esqueceu do essencial, defender o povo”.

“Só se vêem pseudo-intelectuais que falam de tudo e mais alguma coisa, e o resto? Falta-nos vida, falta-nos contacto real com o povo“, sustentou.

Dirigindo-se ao presidente da mesa do Conselho Nacional, Carlos Meira disse ser “uma falta de respeito e consideração” marcar aquela reunião para “um dia de semana e de trabalho”.

Levantei-me às 06:00 e andei 300 quilómetros para estar aqui. A esta hora (cerca das 02:00) ex-deputados e vice-presidentes já se foram embora, foram para casa descansar e, nós que fizemos 300 quilómetros, estamos toda a noite”, referiu.

Em Março de 2018, durante a intervenção que proferiu no congresso do partido em Lamego, e de dedo em riste virado a Assunção Cristas, o ex-presidente da concelhia do CDS-PP de Viana do Castelo já tinha acusado a ainda líder do partido de “falta de respeito” pelo Alto Minho.

O conselho nacional do CDS-PP para marcar o congresso da sucessão de Assunção Cristas demorou seis horas e meia e terminou de madrugada.

Na reunião, foi aprovada a realização do 28.º Congresso Nacional do CDS para 25 e 26 de Janeiro de 2020, em local ainda a definir.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Ui…
    “Não queremos elites.”
    “fundado para defender o povo, mas que se esqueceu do essencial, defender o povo”
    Deve estar enganado no partido; só pode!..
    .
    “Em defesa do Alto Minho”
    Hahahaaaa…

    • Bem por este andar este Carlos Meira, ainda vai imitar o Povo Catalão, e pedir a independência do Alto Minho, e se a Doença pega o Albuquerque Madeirense não tardará a fazer o mesmo. Este partideco só pode ir de mal para pior até a extinção !……Bem !!!!…também no laranjal, com o vendaval que por lá anda, até as folhas voam !

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