Travão na venda de carros eléctricos. A China é uma das ameaças, as tarifas não resolvem e a aposta passa a ser outra.
Os carros eléctricos já tiveram uma quota de mercado mais significativa na Europa.
As vendas não caíram. Mas o ritmo de crescimento é que caiu, regista um recuo significativo. Como lê no ECO, o panorama para os veículos eléctricos na Europa já foi mais sorridente.
Baixar os custos de produção, alargar a estrutura de carregamento e sobretudo competir com o mercado chinês são problemas.
E não acontece apenas na Europa: nos EUA os fabricantes de eléctricos anunciam abrandamento nas vendas dos 100% elétricos.
Esta inversão está relacionada com diversos factores.
Um deles é a redução – ou mesmo extinção – de subsídios para a compra de eléctricos em diversos países. O fim dos apoios na Alemanha será o caso mais evidente e importante. Em Portugal, vão surgir novidades daqui a poucos dias.
Outro factor são os preços. Já se passaram alguns anos e, ao contrário do que analistas previam, não descem (o suficiente) os custos de produção dos veículos e das baterias. Por isso, os carros continuam caros. Os custos de empréstimo também são elevados.
Além disso, reforça-se, a China é uma ameaça. Os fabricantes chineses “invadem” cada vez mais o mercado europeu e dos EUA. As tarifas, o imposto adicional sobre a importação dos carros da China, não têm originado o resultado esperado.
Perante este cenário, marcas como a Ford, General Motors e a Mercedes-Benz, deixam de investir tanto no sector eléctrico, ou adiam esses planos.
E quem vai subindo nas preferências são os híbridos. O foco da Ford e da Mercedes-Benz, por exemplo, parecem ser agora os modelos híbridos, com vendas a subirem 40% e 27% respectivamente.
Também nos EUA, as vendas de eléctricos caem e, ao mesmo tempo, sobem as de híbridos plug-in. São um pouco mais acessíveis.