O Egipto anunciou, no sábado, a descoberta de um antigo túmulo, sarcófagos e artefactos funerários, encontrados numa necrópole perto da cidade de Luxor.
Numa cerimónia em frente ao templo da rainha Hatshepsut, o ministro das Antiguidades, Khaled al-Anani, anunciou que arqueólogos franceses e egípcios tinham descoberto “um novo túmulo com pinturas muito bonitas” da realeza faraónica.
Localizada entre os túmulos reais no Vale das Rainhas e no Vale dos Reis, a necrópole de Al-Assasif é o local do enterro de nobres e altos funcionários próximos aos faraós.
Entre os achados no túmulo estão sarcófagos, estátuas e cerca de mil figuras funerárias chamadas “Ushabtis” feitas de madeira e argila.
O túmulo data do século XIII a.C, entre as 11ª e 12ª dinastias, e pertencia a “Thaw-Irkhet-If”, supervisor de mumificação do Templo de Mut em Karnak.
Separadamente, arqueólogos do Instituto Francês de Arqueologia Oriental e da Universidade de Estrasburgo descobriram dois sarcófagos que datam da 18ª dinastia. Um deles contém os restos mumificados “bem preservados” de uma mulher chamada Thuya, disse o ministério. Mais tarde, porém, foi dito que os especialistas ainda estão a tentar identificar com certezas o nome da múmia.
As autoridades egípcias anunciam regularmente descobertas arqueológicas, embora o país seja frequentemente acusado de falta de rigor científico e negligência de suas antiguidades. Sítios arqueológicos, particularmente em Luxor, fazem do Egipto uma atração importante para turistas estrangeiros.
O Egito tem vindo a publicitar as novas descobertas na esperança de reanimar o setor do turismo, que ainda está a recuperar da turbulência ocorrida após a revolta de 2011 que derrubou o ditador de longa data Hosni Mubarak.