Rodrigo Duterte, atual Presidente das Filipinas, está “a pensar seriamente” concorrer ao cargo de vice-presidente do país nas eleições previstas para maio do próximo ano.
Rodrigo Duterte venceu a corrida presidencial de 2016, mas a Constituição do país proíbe-o de se aventurar numa reeleição, uma vez que só permite mandatos únicos de seis anos.
Contudo, nas Filipinas, o Presidente e o vice-presidente são eleitos separadamente e não precisam sequer de ser do mesmo partido.
Apesar de o governante ter dito repetidamente que está demasiado cansado para conseguir chegar ao fim do seu mandato presidencial, a verdade é que, na última quarta-feira, deu alguns dos mais fortes indícios de que vai para a frente com o plano de se candidatar à vice-presidência.
“Estou a pensar seriamente em candidatar-me a vice-presidente“, assumiu o líder de 76 anos, citado pela Vice.
Alguns críticos veem a potencial candidatura de Duterte à vice-presidência como uma extensão do mandato.
Se vencer, poderá tornar-se Presidente se o novo líder morrer, renunciar ou for afastado do cargo, de acordo com a Constituição. Além disso, Duterte mantém-se protegido dos processos judiciais, que são normalmente interpostos quando um Presidente perde a sua imunidade legal no final do seu mandato.
À medida que as eleições presidenciais se aproximam, há também preocupações relacionadas com a possibilidade de a filha de Duterte, Sara, se candidatar ao cargo.
Apesar das críticas internacionais e locais, Duterte continua a ser popular nas Filipinas – e as sondagens mostram resultados favoráveis também para a sua filha.
Isto significa que a oposição tem de escolher candidatos suficientemente fortes para concorrer contra Duterte e os seus aliados.