Ministro do Ambiente quer apostar nas renováveis (e recusa reativação das centrais a carvão)

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André Kosters / Lusa

Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente

O novo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, enumerou esta quinta-feira as prioridades do seu ministério, garantindo estar empenhado na aposta nas energias renováveis.

O ministro do Ambiente e Ação Climática afastou em absoluto, esta sexta-feira, a possibilidade de Portugal reativar as centrais a carvão e adiar a descarbonização para responder a atual crise energética, insistindo na aceleração da aposta nas renováveis.

A posição foi transmitida por Duarte Cordeiro na intervenção que proferiu no segundo e último dia de debate do Programa do Governo na Assembleia da República.

Duarte Cordeiro afirmou que o Governo não defende uma resposta qualquer à crise energética, “mas uma que acautele os limites do sistema natural”. “Por isso, não pretendemos reativar as centrais a carvão que tantos, tantas vezes, insistem que consideremos.”

“Esses, os defensores de uma economia dependente e de uma descarbonização adiada, nem pensam no preço absurdo que a eletricidade atingiria, tendo em conta os seus custos da produção. E também não consideraram a falta de segurança que representaria a dependência de um mercado, o do carvão, dominado pela Rússia”, alegou o membro do Governo.

A resposta à crise energética, segundo o membro do Executivo, assume como primeiro objetivo “negociar mecanismos que nos permitam desligar o preço da eletricidade do preço do gás natural”.

Em segundo, de acordo com Cordeiro, impõe-se “acelerar, sem diminuir os controlos ambientais, os projetos de fonte renováveis, nomeadamente a partir da energia solar e eólica, permitindo poupar [energia] hídrica e conquistando maior autonomia face aos combustíveis fosseis”.

“Terceiro, é preciso criar almofadas para diminuir o preço junto dos consumidores, domésticos e industriais” e “quarto, temos de reforçar a diversificação de fornecedores de produtos energéticos, aumentar as interligações, evitando a armadilha de dependência da Rússia e apostando na nossa soberania e progressiva autonomia”, acrescentou.

ZAP // Lusa

8 Comments

    • 100% de acordo! Nada contra as renováveis, pelo contrário, mas esta ideia que SÓ devemos ter renováveis é perigosa.

      • Bom, o Ministro não quer carvão, não quer nuclear, e torce o nariz ao gás (e a todos os combustíveis fósseis em geral), o que é que sobra?

      • O ministro não quer nuclear? Não sei…
        O carvão não interessa a ninguém, o gás tem que ser importado (e representa uma boa parte da produção) e a energia nuclear parece-me bem.
        Além disso há biomassa, cogeração, etc…

      • É importante um sistema onde existam várias fontes de energia de origens diferentes que se complementem – o que já acontece em Portugal.

    • Mais disparates…
      Devias saber que as centrais de ciclo combinado de gás natural (etc) evitam essas interrupções.
      Isto já para não falar na interligação eléctrica europeia.

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