Bombeiro Dragão pode adaptar-se sozinho à direção do fogo e ejetar água a 6,6 litros por segundo a partir de oito jatos de água ajustáveis.
Já conhece o Bombeiro Dragão? O inovador bombeiro-robô projetado para combater incêndios perigosos e inacessíveis a bombeiros humanos faz sem dúvida jus ao nome.
Com quatro metros de comprimento e operação remota, beneficia de um sistema de propulsão com oito jatos de água ajustáveis, localizados nas regiões central e da cabeça, que o fazem flutuar a dois metros acima do solo.
Estes jatos são direcionados por uma unidade de controlo num carrinho com rodas que segue o robô, ligado a um reservatório de água de 14 mil litros de um camião de bombeiros.
O bocal do robô pode mesmo adaptar-se à direção do fogo e ejetar água a 6,6 litros por segundo, com pressão de até um megapascal. Uma câmara na boca do Dragão — projetado para enfrentar incêndios dentro de edifícios — proporciona imagens térmicas para uma localização mais precisa do fogo.
No seu primeiro teste como “soldado da paz”, o Bombeiro Dragão surpreendeu ao extinguir uma chama cerimonial a quatro metros de distância, no World Robot Summit 2020 realizado em Fukushima.
Desde então, a equipa tem refinado o design do “animal” introduzido na Frontiers in Robotics and AI com base em feedback. Até ao momento, as melhorias passam por uma impermeabilização aprimorada, uma unidade bocal mais eficaz e um mecanismo de fluxo de água melhorado — mas o dragão ainda pode crescer.
Certos desafios, como estender o alcance operacional do robô além de 10 metros e adaptar estratégias de combate a incêndios às suas capacidades, ainda permanecem.
O novo robô é o resultado de um projeto iniciado em 2016 na Universidade de Tohoku, liderado pelo laboratório do Professor Satoshi Tadokoro. O projeto foi divulgado como Ciência Aberta: convida cientistas de todo o mundo a construir as suas versões para esforços coletivos de combate a incêndios.
Os investigadores pretendem, segundo o Interesting Engineering, implementar o Bombeiro Dragão em cenários da vida real já na próxima década, o que assinalaria um avanço espetacular na tecnologia de combate a incêndios.
