A meio da polémica em torno das declarações de rendimentos e património da nova administração da Caixa Geral de Depósitos, surge a notícia de que António Domingues, o novo presidente do banco, tem um imóvel com um valor de mercado quatro vezes superior ao que surge na avaliação feita pelo Fisco.
O caso é denunciado pelo jornal Correio da Manhã, que avança que Domingues é dono de um prédio em Lisboa, onde reside, que foi avaliado pelas Finanças em cerca de 1,25 milhões de euros.
Mas o valor real de mercado do imóvel será de quase 4 milhões de euros, ou seja, “quatro vezes superior ao avaliado pelo Fisco”, conforme constata o CM.
O diário teve acesso à caderneta predial do imóvel urbano que inclui como Valor Patrimonial Tributário (VPT) cerca de 1,25 milhões de euros. É sobre este valor que António Domingues paga um Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) anual de 2746 euros.
Na caderneta predial das Finanças, o imóvel é descrito como tendo “quatro pisos e um quintal”, uma versão que é diferente da que vem na Conservatória do Registo Predial, onde surgirá caracterizado como tendo “loja, dois andares, água furtada e logradouro”, segundo cita a mesma fonte.
O CM consultou especialistas imobiliários que constatam que o prédio, que terá uma área bruta privativa total de 767 m2 e dois andares residenciais, valerá cerca de 4 milhões de euros ao preço do mercado.
Governo já tem plano B para a Caixa
António Domingues, que não apresentou a sua declaração de rendimentos e património no Tribunal Constitucional (TC), como compete aos gestores públicos, estará neste momento, a ponderar se continua ou não à frente da administração da CGD.
O presidente do banco público terá a garantia de que pelo menos 6 administradores recusam entregar a dita declaração, segundo avança o Jornal de Negócios.
A publicação também garante que o governo já tem um plano B para o caso de a administração de Domingues sair e já são ventilados alguns nomes.
O Negócios fala em Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde, em Carlos Tavares, presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e em Nuno Amado, presidente do BCP.
O jornal nota que o nome mais forte parece ser o de Paulo Macedo, actualmente administrador da Ocidental Vida, considerando que é a figura “mais consensual”.
António Costa nega, contudo, que já haja um plano B para a Caixa, imputando responsabilidades ao TC de fiscalizar se a administração do banco cumpre as suas obrigações.
“O TC é a entidade competente para dizer quais são os deveres que existem, entendeu notificá-los, deu um prazo para responderem, para apresentarem o seu ponto de vista e é isso que deve decorrer normalmente”, disse o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas à saída de um encontro da ‘Trilateral Commission’, que decorreu num hotel de Lisboa.
ZAP / Lusa
Agora já se sabe porque este senhor não quer declarar o património…
quem não deve não deve temer. SEJAMOS CLAROS E HONESTOS.JM
Porquê? Ficou esclarecido ao ler esta notícia?
Sem dúvida, que Paulo Macedo ou Carlos Tavares,serão sem sombra de dúvidas, pelo que está acontecendo, que são pessoas muito mais apropriadas para esse cargo. É tempo de começar a mudar este tipo de banqueiros, gananciosos e que só vêm dinheiro, e só eles contam. Só a escolha de pessoas para a banca, que nunca lá estiveram, não estando cheias dos vícios que todos foram aprendendo uns com os outros, e que estão convencidos que as pessoas pouco contam para o negócio dos bancos. Enquanto esse mentalidade caduca se mantiver na banca, esta, não mais terá hipótese de singrar ou de ser diferente do que é actualmente, um negócio, que vive, infelizmente à custa dos contribuintes, e não à custa, de uma gestão inteligente, que esteja ao serviço da economia de um País, gerando riqueza, conscientes, de que só as pessoas são a única matéria prima, que este negócio consome.
A ser verdade, e tratando-se de uma pessoa que ia gerir o maior banco de Portugal, do estado e afinal de contas de todos nós, nem há palavras para descrever esta vergonha. Quem o escolheu, aceitou as condições impostas, e parece não ter feito o trabalho de casa, também deveria ser responsabilizado. Parece que é mais escrutinado uma pessoa que concorra para varrer as ruas do que uma pessoa para um lugar de tal importância. Isto é inaceitável e uma vergonha nacional.
Para uma ação de não querer apresentar a sua declarações de rendimentos tinha que haver motivos muito fortes pois os seus salários ultrapassava tudo e todos até a mente dos contribuintes era ultapassada. Os motivos vão aparecendo embora existem culpados pois quem é pago para controlar estas falcatruas de um valor, declarar outro, tem que se lhe diga. A mim sugam-me os tutanos com o meu IMI e a estes que podem pagar e comprar não se sabe bem o quê ?????.
Se um edifício vale 4.000000 e só é declarado 1.000000 não fui eu que fiz a reavaliação, a minha foi através do Google a dos outros foi por favor.
Portugal é mesmo um país de … não escrevo mais nada pois pode ofender a mente dos inocentes GRANDES.
O mais estranho disto tudo, foi terem justificado que o ordenado teria que ser alto, por serem altamente competentes e teriam que auferir esses valores, porque é assim que se atrai profissionais.
Honestidade é uma competência e com uma ponderação alta, relativamente às outras competências, para classificar um profissional.
Burlar o estado, é crime.
Quem convidou, deverá também ser responsabilizado.
Logo, vejo sérios problemas relativamente ao estado ao que isto chegou…
Mais uma idiotice do CORREIO DA MANHÃ , pois nao sabem da diferença entre valor patrimonial imobiliario e valor de mercado .
Mais um grande patriota a juntar a lista dos grandes patriotas, como armando vara, dias loureiro, duarte lima, oliveira costa…
Ora aì esta um dos motivos por nao querer entregar a proposta, vale 4 milhoes, mas apenas paga IMI de 1 milhão, não há problema, aqueles que tem apartamentos na periferia paga o que falta. Cambada de aldrabões é o que são. Ponham la Paulo Macedo, Tem provas dadas da sua competencia e honestidade.
Cm tanta ignorância sobre a diferença entre Valor Patrimonial e Valor de Mercado, não admira que tanta gente sonhe que o Imposto Mortagua vá resolver o problema do deficit orçamental!!!
Tanto qt penso saber, ninguém declara nas Finanças o valor real da compra, assumindo o Valor Patrimonial como o real da transação.
E por esta razão, o facto das Finanças fazerem as reavaliações mirabolantes, de tempos a tempos, que fazem o VP subir mais de 100%. Tenho um imóvel avaliado em 80.000€ que não consigo vender nem por 50.000, mas para as Finanças isso é irrelevante pois o que vale é o Valor Patrimonial por eles calculado.
E o Domingues é que não é honesto !!!!
Cadê a penhora automática!? Se fosse comigo, um trabalhador a ganhar 400 e poucos euros por mês as finanças já tinha tomado a minha casa e eu estava na rua com meus filhos a passar fome… É esse o nosso Portugal depois do 25 de Abril….