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Agora só há dois níveis de combate aos incêndios: permanente e reforçado

Paulo Cunha / Lusa

As cinco fases de combate aos incêndios foram substituídas por dois níveis: o “permanente” e o “reforçado”. O reforço de meios vai ser maior em todos os períodos do ano, especialmente em meses de menor risco como junho e outubro.

Segundo a Renascença, a tradicional divisão do ano em cinco fases de combate aos incêndios, identificadas pelo alfabeto fonético, foi substituída por dois níveis: o “permanente” e o “reforçado”.

Na Diretiva Operacional da Proteção Civil para 2018, a que esta rádio teve acesso, destaca-se também o prometido reforço de meios, em todos os períodos do ano, nomeadamente nos meses de menor risco – junho e outubro – mas precisamente aqueles em que ocorreram as duas tragédias do ano passado.

Antes, o mês de junho estava incluído no período da chamada fase Bravo. Agora, vai-se passar a chamar nível “Reforçado III” e o aumento de meios é significativo: mais quase 1.600 operacionais no terreno, num total de 8.200, mais 340 viaturas e mais oito meios aéreos nos primeiros 15 dias do mês e mais 16 na segunda quinzena.

Se estas alterações se vierem a concretizar, escreve a Renascença, na segunda metade de junho, a Proteção Civil terá 48 meios aéreos, tantos quantos costuma ter na fase mais critica dos meses de verão.

Por sua vez, outubro, que nos últimos dez anos foi conhecido como fase Delta, também passa a chamar-se nível “Reforçado”. Terá mais quase três mil operacionais, mais 450 viaturas e mais 12 meios aéreos.

Relativamente à fase mais crítica, que tinha o nome de fase Charlie – julho, agosto e setembro -, chama-se agora nível “Reforçado IV” e também vai contar, como seria de esperar, com reforço de meios.

De acordo com a rádio, são mais mil operacionais, num total de 10.800, mais 240 viaturas, num total de 2.300, e mais sete meios aéreos, num total de 55, um número que é dos maiores de sempre mas convém lembrar que, da frota de dez helicópteros da Proteção Civil, apenas três estão operacionais.

Esta sexta-feira, o primeiro-ministro dirige-se à sede da Proteção Civil para reunir com a estrutura operacional e conhecer como está a ser preparado o combate aos incêndios.

Em junho de 2017, o incêndio que começou em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou, pelo menos, 66 mortos e mais de 200 feridos. Em outubro do mesmo ano, uma nova vaga de incêndios matou 48 pessoas.

ZAP //

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