Doença associada a cigarros eletrónicos faz sétima vítima mortal nos EUA

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O número de vítimas mortais por doença pulmonar associada à utilização de cigarros eletrónicos subiu para sete, anunciaram esta terça-feira as autoridades de saúde norte-americanas.

A vítima era do sexo masculino, tinha 40 anos e vivia na Califórnia, à semelhança de uma outra pessoa que morreu também recentemente pelas mesmas razões. As restantes eram de estados norte-americanos com o Oregon, Indiana, Minnesota, Illinois e Kansas.

De acordo com o departamento de saúde do condado de Tulare, onde a vítima residia, “na origem da morte estiveram complicações relacionadas com o uso de cigarros eletrónicos”. Suspeita-se que a vítima “tenha morrido de uma doença pulmonar grave associada à inalação de vapor”, lê-se no comunicado emitido, citado pelo The Washington Post.

Tosse, dores no peito, dificuldade em respirar, náuseas, vómitos, diarreia, fadiga e perda de peso são os sintomas detetados nos diferentes casos conhecidos. As autoridades já estão a investigar a possível associação com os cigarros eletrónicos, mas ainda não foi confirmada oficialmente como sendo responsável pela doença pulmonar e consequente morte repentina.

Muitos dos casos estão a ser detetados em jovens, mas as vítimas são todas adultos e idosos com problemas de saúde crónicos. Uma análise preliminar do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA, reparou que a maioria dos consumidores usou compostos de canábis nos cigarros eletrónicos.

A morte é noticiada no mesmo dia em que o governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou que o estado vai gastar 20 milhões de dólares (cerca de 18 milhões de euros) numa campanha para alertar para os riscos de inalar vapor e utilizar cigarros eletrónicos, destinada em particular aos jovens.

O governador da Califórnia afirmou, na mesma conferência de imprensa, que serão reforçados os esforços de fiscalização aos produtos falsificados. Poderão ser alteradas as regras em relação às mensagens que constam das embalagens, no sentido de reforçar os avisos sobre os malefícios de inalar vapor, e alterada, também, a política de impostos sobre estes produtos, afirmou ainda Gavin Newsom.

Até ao momento, foram registados na Califórnia três casos de doença pulmonar associada ao uso destes dispositivos. Contabilizando os restantes estados do país, esse número sobe para pelo menos 380, registados em 36 estados norte-americanos, de acordo com os últimos números disponibilizados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla original).

Na maioria dos casos, tinham sido utilizados, no passado, cigarros eletrónicos com THC (tetra-hidrocanabinol, componente psicoativo da cannabis). A investigação às mortes e às pessoas afetadas ainda vai a meio, ainda não foram determinadas causas ou quais os produtos que estão na origem das doenças pulmonares grave.

Donald Trump anunciou recentemente que a sua administração vai propor a proibição de milhares de sabores usados nos cigarros eletrónicos, por considerar que são necessárias “medidas fortes” para “proteger crianças inocentes dos potenciais riscos”.

ZAP //

4 Comments

  1. As tabaqueiras e as farmacêuticas são lobis muito fortes, fumei tabaco durante 35 anos, deixei de fumar quando experimentei o cigarro electrónico de vapor, já lá vão 5 anos, a minha tensão arterial, melhorou assim como a frequência cardíaca, recuperei o olfacto e o paladar, apesar de não fazer exercício regularmente, sou capaz de percorrer grandes distancias sem me sentir cansado. Acredito que existam pessoas que são alérgicas ao vapor, mas também existem pessoas que são sensíveis à poluição. Pelo que me diz respeito, melhorou a minha qualidade de vida substancialmente, por isso considero estas notícias alarmistas e desprovidas de validade cientifica.

    • Cuidado: casos/opiniões pessoais NADA tem de científico; antes pelo contrário!…
      Além disso, os cigarros electrónicos não são todo iguais (nem as pessoas)!

      • Exactamente, concordo consigo, os cigarros são diferentes e as pessoas também, mas observações feitas em titulo de notícia sem nada de cientifico também são inverdades, podem realçar sim o numero de pessoas que morreram no mesmo espaço de tempo com o tabaco, isso já é cientifico, eu falei no meu caso pessoal e garanto-lhe que cientificamente falei verdade, pois o meu bem estar não é ilusório

      • Acredito que o seu bem estar não seja ilusório, mas o resultado do seu “estudo” pessoal não é nada científico, começando logo pelo facto de ter apenas uma única “amostra”!…
        Sim, a notícia também não é nada “cientifica”; são apenas suspeitas que estão a ser estudadas.

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