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Documentário revela detalhes do acidente nuclear que podia ter arrasado o Arkansas

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Um novo documentário divulgado nos EUA revela detalhes assustadores sobre o acidente com um míssil nuclear que ocorreu em 1980 e que poderia ter varrido do mapa o Estado do Arkansas – provocando a morte, entre muitos outros, ao antigo presidente norte-americano Bill Clinton.

O acidente com o míssil balístico intercontinental Titan II, em 1980, é relatado minuto a minuto no documentário “Command and Control“, que foi transmitido pelo canal norte-americano PBS.

Realizado por Robert Kenner, o documentário é baseado no livro do consagrado jornalista de investigação Eric Schlosser, que aborda na obra os segredos e problemas da gestão do arsenal nuclear dos EUA.

O filme mostra como na ocasião se evitou por pouco uma explosão nuclear, que teria sido “600 vezes mais poderosa do que Hiroshima”, explica o site do documentário.

O acidente da noite de 18 de Setembro de 1980, que ocorreu no complexo de Damascus, no Estado do Arkansas, onde se guardava ininterruptamente o Titan II, deveu-se à simples queda acidental de uma ferramenta.

Um dos homens que tratava da manutenção do míssil deixou cair um objecto de cerca de 3 quilos. A ferramenta atingiu a parte baixa do projéctil e abriu um buraco no casco, provocando uma fuga de combustível.

O documentário relata as “nove horas de terror” que se seguiram, “colocando uma câmara onde não havia nenhuma naquela noite”, conforme se destaca no site do filme.

Kenner conta a história como um thriller, divulgando relatos de testemunhas do acidente, incluindo do homem que deixou cair a ferramenta e do Secretário de Estado da Defesa da altura.

O realizador teve também por base documentos desclassificados recentemente pelas autoridades norte-americanas, que revelam que durante várias horas o combustível esteve a jorrar sem que nada fosse feito, porque não havia um protocolo de emergência para situações semelhantes.

Na sequência do acidente ocorreu mesmo uma explosão, que não foi nuclear, mas que provocou a morte a uma pessoa e ferimentos em várias outras, entre os militares que entraram no silo para tentar evitar a tragédia.

Na altura, decorria a Convenção Democrática no Arkansas, com a participação daquele que viria a ser um dos futuros presidentes dos EUA, Bill Clinton, que era então governador do Estado.

No filme fica patente a “ilusão de segurança” do arsenal nuclear norte-americano da altura, em plena Guerra Fria, mencionando que vários incidentes semelhantes ocorreram no mesmo complexo e noutros locais, todos mantidos em segredo pelo Pentágono.

SV, ZAP //

6 Comments

  1. Lá se ia o Bill e a esposa. Poderia ter sido positivo e tínhamos tido um outro candidato democrata capaz de vencer o Trump. Desse modo só se perdia o Arkansas. Assim vai o mundo todo desta para melhor.

  2. Eu também espero que não mas, como repetidas vezes aqui o disse, tenho a convicção que Trump vai estar na origem dum conflito global.

  3. Quero ver este documentário. Mas parece-me sensacionalismo jornalístico. Para haver uma explosão nuclear é preciso reunir varias condições dentro da bomba. De longe não chega incendiar toneladas de combustível para dar inicio à reação nuclear.

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