O que é aquilo no peito de Djokovic? “É o maior segredo da minha carreira”

Diego Fedele / EPA

O tenista Novak Djokovic tem sido visto nos seus jogos em Roland Garros, com uma espécie de emplastro no peito, com algo que parece metálico no meio. Mas para que serve, afinal, o misterioso adesivo?

Os fãs de ténis mais atentos terão reparado num adesivo misterioso colado ao peito de Djokovic durante o jogo contra Marton Fucsovics, no Torneio de Roland Garros, em França, quando o sérvio trocou de camisola.

Os comentadores do Tennis Channel que acompanhavam a transmissão do jogo brincaram que poderia ter alguma coisa a ver com o Homem de Ferro, a conhecida personagem da Marvel Comics.

Ora, quando os jornalistas questionaram Djokovic sobre o assunto, ele falou precisamente do Homem de Ferro.

“Quando era miúdo, gostava mesmo do Homem de Ferro e quero ser como ele. A minha equipa desenvolveu um sistema de nanotecnologia que me permite fazer o meu melhor no court. É, provavelmente, o maior segredo da minha carreira“, disse Djokovic aos jornalistas num tom absolutamente sereno, e sem desmontar qualquer sorriso.

Terá sido uma simples brincadeira para aligeirar o tom depois de ter sido questionado sobre a sua polémica posição quanto ao Kosovo que gerou um turbilhão de reacções políticas? Ou pode ter sido uma revelação surpreendente quanto ao trabalho que faz para melhorar a sua performance?

A dúvida vai continuar. Mas é certo que o Homem de Ferro tem um reactor embutido na sua armadura que funciona como um coração artificial que lhe garante um poder extraordinário.

Djokovic defende posição sobre o Kosovo (onde o pai nasceu)

Djokovic tem sido notícia, nos últimos dias, pela posição que assumiu quanto ao Kosovo depois do jogo com Aleksandar Kovacevic em Roland Garros.

No fim da partida, o tenista sérvio escreveu “o Kosovo é o coração da Sérvia” numa câmara que estava a filmar o encontro.

“É o mínimo que podia fazer”, explicou depois numa altura em que o Kosovo vive um momento de alta tensão, marcado por confrontos violentos que se iniciaram depois das eleições de Abril passado.

“Não sou político e não quero entrar em debates políticos”, realçou Djokovic. “É um tópico muito sensível e, naturalmente, é muito doloroso para mim, enquanto sérvio, ver o que está a acontecer no Kosovo e a forma como o nosso povo está praticamente a ser expulso dos municípios”, notou ainda. Parte da população do Kosovo é de origem sérvia.

Djokovic referiu que, nesta altura, não se sabe “o que o futuro vai trazer para o Kosovo e para o povo sérvio, mas é preciso mostrar apoio e unidade neste tipo de situações”, sublinhou.

“Sinto necessidade de dar o meu apoio ao nosso povo, e a toda a Sérvia”, acrescentou, vincando também que é “filho de um homem nascido no Kosovo”.

O Kosovo é o pilar do nosso lar, a nossa fortaleza. A minha posição é clara: sou contra as guerras, a violência e qualquer tipo de conflito”, concluiu.

Susana Valente, ZAP //

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