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Dívida da China atinge valor recorde de 23 biliões de euros

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elenagriskeviciute / Flickr

Vista do  World Financial Center Observatory, em Shangai, China: Torre Jin Mao, Shanghai IFC, Torre do Banco da China e Torre Oriental Pearl

Vista do World Financial Center Observatory, em Shangai, China: edifício Jin Mao, Shanghai IFC, edifício do Banco da China e edifício Oriental Pearl

O principal indicador da dívida da China atingiu um nível recorde no primeiro trimestre de 2016, dando um sinal de alerta para os riscos iminentes no sistema bancário da segunda maior economia do mundo, avançou hoje uma agência suíça.

Entre janeiro e março, o desvio do rácio entre o crédito e o Produto Interno Bruto chinês atingiu 30,1%, o nível mais alto de sempre e bem acima dos 10%, o patamar que “acarreta riscos para o sistema bancário”, segundo o relatório difundido hoje pelo BIS – Bank for International Settlements.

Segundo o Bangkok Post, o BIS, considerado “o banco central dos bancos centrais”, alertou para a possibilidade de uma crise financeira na segunda economia mundial, nos próximos três anos.

A dívida da China tem aumentado à medida que Pequim tornou o crédito mais barato e acessível, num esforço para incentivar o crescimento económico.

Analistas chineses e estrangeiros alertam, no entanto, que o rápido aumento da dívida e do crédito mal parado poderá resultar numa crise financeira.

A agência suíça coloca o nível da dívida chinesa, entre janeiro e março, acima de todos os outros 41 países analisados, incluindo os Estados Unidos da América, Grécia e Reino Unido.

No final do ano passado, o endividamento da China atingiu o valor total de 168,48 biliões de yuan, cerca de 23,6 biliões de euros – o equivalente a 249% do PIB, segundo a Academia de Ciências Sociais da China.

Em agosto, todos os quatro maiores bancos estatais chineses anunciaram um aumento do crédito mal parado, no primeiro semestre do ano.

Um funcionário do regulador bancário chinês estimou, em junho passado, que os bancos do país amortizaram mais de 269 mil milhões de euros – um valor superior ao PIB português – em crédito mal parado, desde 2013.

Pequim anunciou, entretanto, medidas para combater o problema, incluindo a conversão das dívidas em títulos, enquanto analistas defendem que as reservas cambiais da China, as maiores do mundo, e o controlo do Estado sobre o sistema bancário podem ajudar a atenuar o impacto de uma crise financeira.

ZAP / Lusa

8 Comments

  1. Só para esclarecer, e supondo que estamos a falar de biliões europeus, a China deve
    23 600 000 000 000, ou seja, 23 milhões de milhões!!

    Se juntarmos o dinheiro do top 10 das pessoas mais ricas só conseguimos praí uns
    500 000 000 000. Nem dá pra anular aqueles 600 ali acima e ficavam os moços pobres e sem nada. Tristeza tamanha.

    Cruzes credo, é muita massa. É quase tanto como um fim de semana no algarve, sem incluir pequenos-almoços.

    PS: Eu penso que é dar mais uns anitos ao Mark Zuckerberg que ele paga isso do bolso dele. Já vai em 6º na lista dos mais ricos com 44mil milhões no banco.

  2. Continuem a dar o mundo a china que quando a china cair(e vai cair mais cedo do que se possa pensar) cai o mundo inteiro!Será que ainda não viram o problema que se está a formar para o mundo inteiro?

  3. Continhas bem feitas todo o “mundo” parece andar a viver à grande à custa dos outros, entretanto as vítimas que são aos milhares de milhões espalhados pelo mundo sem olhar a credos ou opções politicas é que parecem estar condenadas ao fracasso, não será tudo isto uma bomba prestes a explodir a qualquer momento e que ponha fim à humanidade?

  4. Um dos males da nossa sociedade, é que enquanto os ricos vão comendo, não importa o abismo que se aproxima, de qualquer forma quando a bomba rebentar de uma ou outra forma eles ainda vão lucrar com a situação, mais uma vez a despesa vai sobrar para os desgraçados. Enquanto o enriquecimento sustentado na desgraça alheia não for criminalizado e a justiça feita de forma exemplar, as crises financeiras derivadas das artimanhas económicas orquestradas pelos gurus financeiros e seus patrocinadores, serão apenas mais uma estação nesta linha “desgovernada” por pessoas bem governadas com o suor dos outros.

  5. Giro mesmo é ver o comportamento do investidores e das agencias de rating. Estão bem a ka.gar para a divida e continuam a investir lá em força. Enquanto poderem explorar é sempre a abrir.
    Cambada de sanguessugas estes capitalistas da trampa.
    É como cá, os direitalhas ultraliberais querem derreter o Estado Social mas, quando (se) o conseguirem derreter depois vamos ver onde mora a Responsabilidade Social deles.
    Por isso sempre disse, o nosso resgate foi apenas circo e serviu para afastar algumas personagens que não se vergaram a esta gentalha neoliberal da UE, com a alemanha à cabeça.
    Vão se catar!

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