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Distritais do PSD encontraram-se em segredo para estudar destituição de Rui Rio

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Miguel A. Lopes / Lusa

O líder do PSD, Rui Rio

Vários dirigentes de distritais do PSD estiveram reunidos, na passada sexta-feira, para avaliarem a possibilidade de convocar um Conselho Nacional extraordinário com um único objetivo: destituir a direção de Rui Rio.

O Público avança esta manhã que os resultados ainda são pouco claros. Há quem tenha poucas esperanças de que o movimento de recolha de assinaturas consiga avançar por falta de colaboração de líderes de distritais como Salvador Malheiro, também vice-presidente de Rui Rio, Alberto Machado, do Porto, que é apoiante do líder do partido, ou José Manuel Fernandes, que está à frente do PSD-Braga.

Aveiro, Porto e Braga estão entre as maiores distritais do PSD e isso pode levar a que qualquer iniciativa do género fracasse.

O mesmo jornal confirmou junto às fontes presentes na reunião secreta que já começaram os contactos com os conselheiros nacionais para avaliar se há apoios para reunir as assinaturas necessárias. É preciso um quinto dos membros – 33 nomes – do Conselho Nacional para convocar uma reunião extraordinária.

Há dirigentes do PSD muito preocupados, não só com as sondagens, mas também com a imagem do partido. Entre os sociais-democratas descontentes começa a vingar a ideia de que o PSD está num ponto de não retorno e de que Rui Rio já não consegue virar a situação política a favor do partido até às legislativas de outubro deste ano.

Ganha força o cenário de que não é possível ter um resultado honroso face ao PS de António Costa e que a direção de Rui Rio não está a trabalhar nesse sentido. A falta de oposição ao Governo é a principal preocupação. Os críticos temem que a situação venha a resultar num grupo parlamentar de pequena dimensão e num partido pouco relevante no panorama político.

Esta movimentação acontece pouco mais de três meses depois de Salvador Malheiro ter convidado as distritais a assinarem um documento de compromisso com a estratégia de Rui Rio. Esse comunicado apelava à “serenidade” e criticava “as agendas pessoais” de militantes. Só a distrital de Lisboa, liderada por Pedro Pinto, não assinou o texto.

Se for aprovada uma reunião extraordinária do Conselho Nacional, o regulamento permite colocar à discussão e votação uma moção de censura para destituir a Comissão Política Nacional do partido. Se for aprovada, é convocado um congresso no prazo de 120 dias.

O Conselho Nacional é composto por 55 membros eleitos em congresso, dez representantes da JSD, cinco dos Trabalhadores Social-Democratas e cinco representantes dos Autarcas Sociais-Democratas, além dos líderes distritais e de dois membros das comissões políticas regionais.

ZAP //

7 Comments

  1. ” Rui Rio não está a trabalhar nesse sentido”
    Eu que sou uma ignorante, vejo que o PSD está preocupado demais, em destituir única pessoa que de facto seria a pessoa da mudança, com provas dadas, só por isso deveríamos ler muito bem as entrelinhas…
    Acho que antes de Dr Rio governar é preciso “limpar” bem a casa, da corrupção, assim fizessem todos os partidos e seus responsáveis máximos, porque quem não deve não teme…
    Pelos vistos, uns estão contentes porque PS ganhará com maioria, outros tristes porque PSD perderá a corrida…
    Há muito que deixou de ser apenas isto, É IMPERATIVO LIMPAR A CASA, destas últimas porcarias que temos assistido, sem nada podermos fazer que não seja pagar, pagar, pagar…
    PSD quer ganhar a todo o custo por causa dos poderes instalados, e continuar com o “regabofe”…
    O PS quer ganhar a todo o custo, para limpar os vestígios da corrupção e “regabofe”, do antigo líder com ele incluído…
    O POVO, anda a dormir como de costume, a atirar pedras ao “arco íris” enquanto eles nos gozam descaradamente com todos nós…
    Eu sou de Centro Direita, assumida, mas quero que o PS ganhe com a maioria, mas quero mesmo, para ver o povo a engolir o que disse estes anos pseudo “dourados” de Costa…
    Dr Rio, não baixe os braços, essa corja à direita deve ser afastada, para depois limpar a corja à esquerda…
    Chega, chega, chega, a paciência tem limites para o que se tem assistido neste Portugal à deriva, como convém, preciso pulso, muito pulso…

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