Juíza Isabel Namora exercia o cargo desde 2019. Pediu agora para sair por motivos pessoais, após críticas dos sindicatos.
A Diretora-Geral da Administração da Justiça abandonou funções esta semana a seu pedido, por razões pessoais, após críticas dos sindicatos, que se queixaram de que não foram decretados serviços mínimos para os funcionários dos tribunais na sequência de uma greve, avança o Público esta sexta-feira.
A consequência da falta de serviços mínimos foi considerada grave: os tribunais tiveram de encerrar e vários criminosos foram libertados, entre os quais traficantes de cocaína, suspeitos de violência doméstica e ativistas climáticos.
Isabel Namora afastou-se da responsabilidade, atirando-a para a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público e o Tribunal da Relação de Lisboa, mas o facto de a greve ter ocorrido numa semana de feriado — 25 de Abril — levou os sincidatos a acusarem a responsável de falta de cautela.
E não terá sido a primeira vez que se pede a demissão da juíza.
O mesmo sindicato já tinha pedido a demissão de Namora em agosto do ano passado por dar instruções aos tribunais para acelerarem processos de concessão das amnistias e perdões decretados por ocasião da vinda do Papa a Portugal, avançou o Público.
A juíza prepara-se agora para ingressar no Tribunal da Relação do porto.