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Diretora de urgências do Hospital de Portimão está de baixa, mas dá consultas na clínica do pai

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Maria Inês Simões / Facebook

A médica Maria Inês Simões no Hospital de Portimão.

A médica Maria Inês Simões no Hospital de Portimão.

A diretora de urgências do Hospital de Portimão, no Algarve, está grávida e de baixa médica há vários meses, mas continuará a dar consultas na clínica privada que pertence ao pai, garante a CNN Portugal/TVI.

A estação apurou que a médica Maria Inês Simões continuará a trabalhar na clínica MediArade que é propriedade do pai, apesar de estar de baixa médica.

A Unidade Local de Saúde do Algarve confirmou à TVI/CNN Portugal que Maria Inês Simões está “em situação de incapacidade temporária para o trabalho desde 18/09/2024“.

Mas uma jornalista da TVI telefonou para a clínica privada e conseguiu marcar uma consulta com a médica.

No primeiro contacto, disseram-lhe que, como a médica está quase a ser mãe, a marcação teria de ser aceite pela própria, como relata o canal.

Mas, na mesma tarde em que o contacto foi feito, a TVI diz ter recebido a confirmação da marcação.

Contudo, a médica nega, realçando ao canal que está “de licença de maternidade”. “O meu pai tem uma clínica privada, mas não tenho estado a receber absolutamente nada“, adianta ainda Maria Inês Simões.

Após a divulgação da reportagem, a TVI assegura que recebeu uma mensagem da clínica a informar o seguinte: “Tentamos contactá-la após a hora de marcação na MediArade, às dez horas, com a doutora Joana Martins, a fim de confirmar a sua presença”.

Nas últimas semanas, a médica mostrou-se nas redes sociais, na clínica do pai, grávida e a trabalhar, ainda segundo o mesmo canal.

Caso da médica denunciado à Segurança Social (e arquivado)

A confirmar-se a informação, é “uma fraude ao Estado“, como destaca à TVI o advogado Paulo Veiga e Moura.

“Se está com uma gravidez de risco ou se está de baixa médica, é porque está incapacitada para trabalhar” e se alguém “está incapacitado para trabalhar no INEM, está incapacitado para trabalhar em qualquer outro sítio“, sublinha o advogado.

A TVI nota ainda que o caso da médica foi denunciado à Segurança Social, que terá arquivado a queixa por falta de informações e de provas.

Terá também sido feita uma denúncia ao Ministério Público.

A médica também é formadora do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) e continuará a participar nas formações, nota ainda a TVI.

Maria Inês Simões foi condecorada pelo Presidente da República depois de ter integrado a equipa do INEM que foi à Turquia, em missão de auxílio, após o sismo de 2023. Essa equipa foi escolhida por Gandra de Almeida que, recentemente, se demitiu da direcção do Serviço Nacional de Saúde por acumulação de funções.

ZAP //

6 Comments

  1. Muitos Médicos são Negociantes da Saúde das pessoas, aproveitam-da Profissão e da fragilidade de quem está mesmo doente, para se encherem, esquecendo – se que um dia também se vão e que não levam nada desta vida.
    Triste isto.

  2. Esta “senhora” arrecada dois ganhos.
    Recebe a baixa do público e cobra o valor das consultas a quem atende no privado, em face da sua ausência no hospital público.
    (Quem perde?!)
    Um outro ganho, será o prazer de gozar com as pessoas e com a profissão, sem que daí advenha qualquer adversidade que a afete.
    Problemas de consciência, de que é desprovida, não tem, de natureza profissional também não, porque todos fazem o mesmo e protegem-se uns aos outros, contando ainda com a proteção do governo, que tudo aceita, tudo permite e tudo encobre.
    Malandros, sacanas e bandidos, só os pobres.
    A esses nada se tolera e tudo se exige.

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  3. Coitada, ela só está de baixa “contra o estado”.
    Fora do estado não está com baixa porque essa “baixa” não é paga!!!?
    Isto é geral e comum a todas as profissões.

  4. É o que se chama impunidade da Função Pública e ainda por cima condecorada pelo Presidente da República … e como está a trabalhar para o pai, vai daí diz que não recebe vencimento, será ? Investiguem e desta vez que o caso não seja arquivado !

  5. Á função publica tudo e permitido desde receberem a baixa por inteiro e porque nao se trabalhar noutro local para ganhar mais uns valentes euros, e a caravana passa

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