A proposta do Governo para a alteração ao Código do Trabalho deverá ser aprovada no Parlamento, mas não graças à aliança da geringonça. Os parceiros do Executivo devem chumbar a lei laboral, mas PSD e CDS devem aprová-la.
“Apesar de as negociações terem acontecido à esquerda, será a direita a dar a mão ao Executivo” na aprovação da lei laboral, assegura o Correio da Manhã.
O jornal lembra que o líder do PSD, Rui Rio, “já defendeu que a probabilidade de votar favoravelmente” esta proposta do Governo “é muito, muito elevada”.
Do lado do CDS, ainda não há uma decisão final, mas o partido “valoriza muito o acordo que foi firmado em concertação social”, salienta ao CM o líder do grupo parlamentar, Nuno Magalhães. O partido deverá assim ajudar a aprovar a lei, abstendo-se ou até votando a favor.
Já do lado da esquerda, Bloco e PCP ameaçam chumbar as medidas propostas pelo Governo que passam pelo fim do banco de horas individual, por alargar o período experimental de 90 para 180 dias nos contratos sem termo, e por aplicar uma taxa anual até 2% sobre os salários às empresas que ultrapassem as médias no número de contratos a prazo.
Os comunistas deverão contestar veementemente a proposta, no debate no Parlamento, que está marcado para 6 de Julho.
E o Bloco admite que não está do lado do Governo nesta temática, acusando o Executivo de não ter cumprido “as expectativas criadas em negociações bilaterais” e de fazer “uma deriva para o centro” que vai contra as suas convicções, conforme palavras do deputado Pedro Soares, citadas pelo CM.
O Centro/Direita faz ao Costa aquilo que ele jamais faria a estes partidos!.