Antigo avançado do FC Porto recebeu propostas do Real Madrid e do Barcelona mas o presidente do Sevilha dificultou as conversas com vários clubes. As recordações de um “quarentão” que recusa ser um ex-jogador.
Luís Fabiano, um dos maiores goleadores da história do Sevilha, passou por muitos bons momentos ao serviço do clube espanhol mas houve uma altura em que recebeu propostas de grandes clubes da Europa mas o líder do emblema andaluz dificultou as negociações e o jogador acabou por não sair.
Segundo o próprio avançado, Real Madrid, Barcelona e AC Milan tentaram contratar o internacional brasileiro: “Quando eu estava no Sevilha, recebi proposta do Real Madrid e do Barcelona. O presidente do Sevilha fez jogo duro. Ele renovava comigo, dizia que eu poderia sair no ano seguinte. Mas o que esteve mais perto de acontecer foi eu ir para o AC Milan, já estava tudo acertado no contrato, números fechados”.
No entanto a postura do presidente José María del Nido impediu a transferência para Itália. A segunda opção da direção do AC Milan foi Zlatan Ibrahimović: “Quando estava tudo combinado, o presidente do Sevilha pediu mais dinheiro. A direção do AC Milan ficou f… e acabou por contratar o Ibrahimović. E eu fiquei f… também. Logo a seguir, lesionei-me e voltei para o São Paulo em 2011″.
Luís Fabiano jogou no Sevilha durante seis temporadas. Mudou-se para Espanha em 2005, depois de ter jogado pelo FC Porto durante uma temporada – no Dragão viveu a sua pior temporada de sempre, no que diz respeito a golos marcados: apenas três, em 27 jogos oficiais.
À SporTV brasileira, o avançado admitiu que, depois da saída do FC Porto, também teve dificuldades em Sevilha nos primeiros tempos (sete golos na primeira época) mas a paciência do diretor-desportivo Monchi foi “determinante” para que continuasse. “No início passei por dificuldades. Jogava uma vez, ficava duas vezes no banco de suplentes, a seguir. Comecei a ficar irritado”, relatou.
Luís Fabiano cruzou-se com um plantel de grande qualidade, uma equipa vencedora (bicampeã da Taça UEFA, durante a sua passagem): “Aquela equipa era excecional. O plantel tinha 26 jogadores e, quando havia jogos das seleções nacionais, só ficavam quatro jogadores a treinar”.
O jogador celebrou 40 anos neste domingo, numa altura em que está longe dos relvados desde o final de 2017. Mesmo assim, não admite a ideia de ser um ex-jogador e ainda quer voltar a jogar. Provavelmente, uma passagem curta pelo São Paulo.