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Dinamarca compra os últimos elefantes de circo para os mandar para a “reforma”

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O Governo da Dinamarca vai comprar os últimos quatro elefantes de circo que existem no país: o objectivo é enviá-los para a “reforma” num jardim zoológico.

De acordo com a AFP, o país tem regras restritivas sobre o uso de animais em práticas circenses. Até agora os únicos animais que podiam participar nestes espectáculos eram elefantes, leões-marinhos e zebras, mas o objectivo é acabar com a presença de animais nos circos da Dinamarca.

Os quatro elefantes, com os nomes Ramboline, Lara, Djunga e Jenny, vão custar ao Estado dinamarquês um milhão e 400 mil euros. Depois da compra vão ser entregues a um jardim zoológico, mas ainda não se sabe qual.

Mais de 40 países do mundo têm regras restritivas ou baniram mesmo os animais em circos e zoos.

Portugal está num período transitório de seis anos em que os animais selvagens vão ter de deixar de pertencer a circos. Das listas de espécies fazem parte macacos, elefantes, tigres, leões, ursos, focas, crocodilos, pinguins, hipopótamos, rinocerontes, serpentes e avestruzes. O novo diploma refere que os animais, que têm de estar registados obrigatoriamente num cadastro nacional, só podem ser usados no circo num período transitório de seis anos, findo o qual a sua utilização passa a estar proibida e a ser punida com contraordenações.

Competirá ao Governo criar um programa de entrega voluntária de animais usados em circos, bem como uma linha de incentivos financeiros destinados à reconversão e qualificação profissional dos trabalhadores das companhias circenses que entreguem voluntariamente os animais que utilizem.

O Governo terá ainda de definir qual a entidade responsável por garantir o registo e tratamento de dados no Cadastro Nacional de Animais Utilizados no Circo, a ser criado, por efetuar as apreensões dos animais mantidos ilegalmente nos recintos e por recolocar em centros de acolhimento os animais entregues voluntariamente pelos seus proprietários ou detentores.

As companhias de circo têm-se manifestado contra a proibição de animais selvagens nos circos, com os representantes portugueses na Associação Europeia de Circos a defenderem que o seu recurso contribui para a preservação da biodiversidade. Os proprietários dos circos alegam ainda que são mantidos animais em cativeiro em outros recintos, para exibição em espetáculos.

ZAP //

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