Os doentes da diabetes são um grupo de risco, representando “mais de 9% das pessoas falecidas com covid-19”, mas não têm mais probabilidades de ser infetados pelo novo coronavírus.
A informação foi avançada esta quarta.feira pelo presidente da Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses (APDP), José Manuel Boavida, durante a conferência de imprensa de atualização sobre a infeção pelo novo coronavírus, que já infetou mais de oito mil pessoas e fez mais de 180 vítimas mortais em Portugal.
Segundo José Manuel Boavida, “não há qualquer evidência que as pessoas com a diabetes sejam mais atreitas a ser infetadas pelo coronavírus”.
Também “não existe evidência de diferença entre os vários tipos de diabetes – tipo I e II” e, se a doença estiver “bem compensada, o risco é o mesmo da população em geral”, sublinhou o presidente da APDP.
No entanto, é preciso prevenir. Estes doentes são um “grupo de maior risco, com um aumento de mortalidade, atingindo mais de 9% das pessoas falecidas com covid-19”, alertou. Por isso, José Manuel Boavida deixou algumas recomendações, tais como controlar a diabetes para se conseguir melhores prognósticos e valorizar a necessidade da proteção especial dos doentes crónicos.
Sobre a proteção destes doentes, o presidente da APDP lembrou que se deve optar sempre pelo teletrabalho ou então pelo “trabalho em condições de segurança”. O distanciamento social, em especial para as pessoas com mais de 60 anos, foi outro dos conselhos.
O secretário de estado da Saúde, António Lacerda Sales, lembrou por seu turno que a diabetes afeta mais de dois milhões de portugueses que neste momento “estão mais vulneráveis” e “precisam de uma resposta diferenciadora, que associações como a APDP tem conseguido dar”. O presidente da APDP acrescentou que entre doentes e familiares, a diabetes atinge “mais de um terço da população portuguesa”.
ZAP // Lusa