A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a estudar a redução dos prazo de validade dos testes por causa da variante Ómicron.
A mudança significaria que os testes PCR passariam a ser válidos durante 48 horas e não 72 horas e os testes rápidos passariam a ter validade de 24 horas (ou menos) em vez das atuais 48 horas.
A notícia é avançada pelo Expresso, que salvaguarda que os pormenores ainda não estão decididos, uma vez que o assunto é “controverso” entre os peritos pelo facto de os novos prazos não darem tempo de resposta suficiente aos laboratórios e farmácias para realizarem testes e processarem os resultados.
O virologista Paulo Paixão explica que, tendo em conta que o período de incubação da variante Ómicron “é muito mais curto”, do ponto de vista epidemiológico “faz todo o sentido encurtar os períodos [dos testes] nesta altura”.
Apesar de concordar com a medida, Miguel Castanho, investigador no Instituto de Medicina Molecular, considera que “ainda não está suficientemente demonstrado que esse período seja assim tão menor” na nova variante.
“Faz sentido, porque leva a um controlo mais apertado das cadeias de contágio, obrigando as pessoas a fazer mais testes”, salienta, destacando no entanto que “a grande questão é se temos de facto a capacidade [de testagem] para acomodar esse aumento neste momento.”
A DGS confirmou ao semanário que está a “analisar os dados e a evidência que tem surgido de forma dinâmica nos últimos dias sobre a variante Ómicron” e que “adapta” as suas recomendações “sempre que a evidência científica o justifique”.
Coronavírus / Covid-19
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