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DGS cedeu aos cientistas dados incompletos, com erros graves e até homens grávidos

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António Cotrim / Lusa

A Directora-Geral da Saúde, Graça Freitas, com o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales

Os dados de vigilância epidemiológica da Covid-19 cedidos pela Direção-Geral da Saúde aos cientistas contêm “dados com caráter provisório”, que “poderão ser ainda alvo de validação” e com erros graves – entre os quais falhas na proteção da identidade e “homens grávidos”.

A Direcção-Geral da Saúde cedeu aos cientistas dados incompletos e com erros sobre os doentes com Covid-19, revela esta sexta-feira o Observador. Segundo o jornal, há homens grávidos, falhas graves na proteção da identidade e artigos científicos com dados errados.

Segundo o Observador, o ficheiro recebido pelos investigadores a 4 de agosto tem os dados dos doentes com Covid-19, como idade, sexo, se teve de ser hospitalizado, que cuidados recebeu e se recuperou ou não da doença, até ao dia 30 de junho, mas a base de dados não protege a identidade dos doentes. Mais de 90% dos mortos são potencialmente identificáveis, acusam alguns dos investigadores.

Os investigadores apontam a existência de artigos científicos com dados errados ou com “caráter provisório, que poderão ser ainda alvo de validação e que podem não coincidir com aqueles reportados pelo boletim diário da DGS”, além de falhas graves nos dados, como é o caso de homens grávidos, entre os quais uma criança de 5 anos.

“Uma das maiores preocupações que tenho em relação a isto é que sejam publicados artigos científicos com base nestes dados, por investigadores que vão tirar conclusões com base em dados pouco credíveis, mas que aparentemente têm muita credibilidade, pois são fornecidos pela DGS”, diz ao Observador Cristina Santos, investigadora no Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.

O ficheiro de agosto é o segundo que os investigadores recebem. O primeiro foi enviado em abril, apesar de os cientistas esperarem atualizações frequentes. Luís Antunes, investigador da Universidade do Porto, diz ao jornal que lhe bastou a primeira versão, ainda que incompleta, para perceber que a DGS tinha cometido erros básicos na anonimização dos dados.

O investigador acrescenta que “a qualidade dos dados é miserável” e põe em causa a credibilidade dos mesmos.

Segundo os cientistas, a gestão das bases de dados ter-se-á mostrado “um trabalho maior do que a DGS podia suportar”, o que poderá justificar a alteração de periodicidade das atualizações de semanais para mensais — “mas nem isso conseguiu cumprir”. E à primeira vista “já deu para perceber que há erros que se mantém“, como é o caso de um dos doentes grávidos, que é um rapaz de cinco anos.

Mas as críticas aos dados da DGS não são unânimes. A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, por exemplo, já tem um artigo científico publicado com estes dados. “Vamos fazendo o melhor que se consegue”, diz ao jornal Paulo Nogueira, investigador do Instituto de Saúde Baseada na Evidência.

ZAP //

25 Comments

    • chama a “isto” Estado?
      Isto da esquerdalhada, não é nada, é uma simulação para ir enganado os tugas, enquanto vao roubando aqui e ali, este e aquele.
      E lá vamos andando nisto, Lavagens de Cerebro a toda a hora e instante e o povo ainda aplaude

      • Deixe estar que durante a gestão dos governos da direita o resultado era absolutamente igual ou pior… 😉

      • Vejam lá a cassete deste gajo Hoofman. Houve alguma pandemia durante o governo de direita? Isto é mesmo para rir. Estes gajos da esquerdalhada são uns coitaditos e verdadeira anedota.

      • Fica clara a ignorância dos metecaptos da direita que apenas entendem o que lêem segundo a sua curta mentalidade….
        Eu referia-me a incompetência dos organismos públicos, não á pandemia obviamente… mas claro quando o cérebro não dá para mais apenas se entende o que se consegue…o resultado de um saudosismo bacoco e muita falta de cultura política…

      • Casa onde não tem pão, todos ralham ninguém tem razão. Vocês andam aqui a insultar-se para a esquerda e para direita. Qual dos males o pior, venha o diabo e escolha. Lutem para ser livres não lutem por quem vos escraviza. Nem esquerda nem direita tá interessada em melhorar a vossa vida, estão interessados em melhorar e manter a deles. E vocês deveriam fazer o mesmo. Lutem para serem livres de lutar pela vossa vida. Lutem para se livrarem de quem decide por voces para voces.

  1. Apenas revela o caráter miserável da ciência feita em Portugal. Após a industrialização da produção científica nas últimas décadas só a quantidade interessa. Nem um mínimo de pudor intelectual prevalece. É o quanto mais melhor!

  2. Deve ser efeitos do sistema, frequentemente somos confrontados com a resposta num serviço público quando algo está mal: resposta, o sistema não está a funcionar! Afinal a Internet veio para complicar nos serviços públicos.

  3. Não se iludam. Por muito mal que a DGS possa ter feito, o caos informativo foi total em quase todo o mundo, com os mídia oficiais todos a mentir, a encobrir e a censurar informação veraz é importantíssima. Ainda hoje em Espanha não há canais de televisão, excepto os conotados com a extrema direita, que encontram no Covid um filão para sair da cova, que dêem cobertura a qualquer informação alternativa. Baseado não se sabe em que teorias, a Espanha impõe, através duma lei anticonstitucional o uso das máscaras na via pública, passando a responsabilidade para as autonomias. Mas afinam todos pelo mesmo lamiré.

    • Exacto. A verdade seria imperativa para se manter confiança. Fosse o Português livre nada disto se punha, amanham-se. Mas vivemos nesta vigariçe de ser contribuinte. Cá estamos. Casa onde não tem pão todos ralham ninguém tem razão, assim anda o povo da minha terra. Que triste. Pela Liberdade! Pela Liberdade de escolha, de decisão. Fora o governo da minha vida, esquerda, direita, FORA!

      • Então? Já lhe doi a esquerda? Quer que lhe batam na direita agora? E que tal nem direita nem esquerda, dar aos Portugueses o poder de decidirem por si para si. Menos impostos, menos discussões, menos problemas morais, mais riqueza, mais autonomia. Eu só quero que não me vão ao rabo, qual esquerda, qual direita, qual carapuça, já tenho o olho assado.

  4. No fim da notícia….
    “A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, por exemplo, já tem um artigo científico publicado com estes dados. “Vamos fazendo o melhor que se consegue”

    E ainda acreditam nos estudos científicos logo à partida só porque é científico?

  5. Meus amigos, vou explicar: O problema está na informação da (OMS) Organização Mundial de Saúde, fizeram uma cagada referente ao encobrimento do vírus que não é vírus mas sim uma bactéria, uma virose é sazonal e passageira, uma bactéria é transportada por alguém, quer seja pessoal ou deixada em locais para contaminação.
    Depois deste encobrimento todo quem paga a fatura é o Zé POVINHO, que tem de ir trabalhar nem que tenha de morrer infetado com covid- 19, no final disto tudo são negócios do gel e das mascaras.
    Volta Salazar que estás perdoado, tu punhas esta gaijada na linha.

  6. “…um dos doentes grávidos, que é um rapaz de cinco anos.”
    “Vamos fazendo o melhor que se consegue”

    Perante isto, retiro tudo o que afirmei antes. Agora sim, finalmente acredito que a coVIdGARICE é mesmo uma doença real, provocada por um vírus real e, que estamos a enfrentar uma PLANDEMIA de proporções épicas, que se não for controlada a tempo vai dizimar completamente a população mundial.

    Felizmente temos a OMS, a DGS, o Kill Gates, a Graça Freitas, a Marta Temido, verdadeiros super-heróis, que nos irão salvar. Bem-hajam.

  7. “Há vários tipos de estado entre os quais o estado a chegámos!” sic.. Este estado de calamidade pública
    reiterada e recorrente que já dura à 46 anos, vai continuar se nos demitirmos das nossos deveres como cidadãos e neste preciso momento o nosso dever é impedir que a adimistração do estado roube o estado como também tem sido recorrente nestes últimos anos do tal “Estado a que chegámos”.

  8. Na opinião de alguns comentadores, este erro, deve-se a pressões políticas do Bloco de Esquerda por causa do princípio de igualdade de género que tem de nortear todas as actividades do estado. Assim os dados oficiais passaram a incluir todos os géneros em todas as situações. Nâo obstante, segundo os mesmos comentadores,o Sr. Presidente da República já terá telefonado, em nome do governo, a pedir desculpa àqueles a quem este erro possa causar algum algum incómodo pessoal ou profissional.

  9. Mas que tem a direita e esquerda que ver com o virus? É o estado de direita mais eficiente que o estado de esquerda? Ora essa, porquê? Qual é o incentivo da direita para ser mais eficiente que a esquerda? Ou da esquerda para ser mais eficiente que a direita para o efeito? Ambos se financiam a roubar o fruto do meu trabalho. Ambos beneficiam do mesmo incentivo a ineficiencia. Esta história que é a esquerda, que é a direita, é só fumo, o fogo é estarem a meter-se onde não é de competência. Andam a gastar o meu dinheiro e ainda conseguem por os Portugueses a discutir ferozmente quem gasta melhor ou pior; não me roubem e acabam com esse moral problema.

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