Sete pessoas foram detidas, na quarta-feira, em resultado de uma operação de desmantelamento da estrutura em Portugal de uma organização criminosa de ‘phishing’ bancário, informou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
Quatro homens e três mulheres foram detidos esta quarta-feira, no âmbito da operação judicial ‘Vera Cruz II’, que visou desmantelar a rede nacional de uma organização criminosa dedicada ao phishing bancário.
Esta forma de fraude informática visa obter informações confidenciais dos utilizadores, como detalhes de contas bancárias, números de cartões de crédito e credenciais de acesso a contas.
Geralmente ocorre através do envio de mensagens eletrónicas enganosas, que parecem ser de uma fonte legítima, como um banco ou outra instituição financeira, solicitando ao destinatário que forneça informações pessoais ou que clique em links que levam a páginas web falsificadas.
Em comunicado, a PJ refere que a operação “Vera Cruz II” deu cumprimento a 11 mandados de busca e resultou na detenção de sete pessoas, que serão agora presentes a tribunal.
Foram ainda apreendidos equipamentos informáticos, no valor de cerca de 30 mil euros, e várias contas bancárias com um saldo superior a 200 mil euros.
A operação foi conduzida pela PJ, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, em articulação com o Ministério Público da comarca de Faro e com a Interpol, com vista ao desmantelamento da estrutura nacional de uma organização criminosa dedicada ao ‘phishing’ bancário.
Segundo a PJ, o grupo lesou várias pessoas em Portugal, desde 2021, em mais de 1,5 milhões de euros.
O grupo criava páginas de instituições bancárias falsas e, quando os utilizadores acediam a estas páginas, “acabavam por ser enganados, facultando as informações necessárias para que, posteriormente, venham a ser efetuados acessos ilegítimos às suas contas por parte de ‘hackers’”, refere o comunicado.
As vítimas eram depois contactadas por telefone por alguém que dizia pertencer ao serviço de segurança do banco, com o propósito de validar as transferências bancárias ilícitas realizadas.
“Tudo indica estarmos perante um tipo de criminalidade organizada e estruturada, constituída por vários indivíduos que desempenham diversas funções bem definidas, com a finalidade de se apropriarem, ilicitamente, do património financeiro das vítimas”, acrescenta o comunicado.
Para se proteger contra o phishing bancário, é importante verificar sempre a autenticidade das mensagens recebidas, nunca clicar em links suspeitos ou fornecer informações pessoais através de canais não seguros, e usar soluções de segurança cibernética, como software antivírus e firewalls.
ZAP // Lusa