Navio foi identificado como parte da “frota sombra russa”. Viajava de São Petersburgo para o Egito e foi escoltado até águas finlandesas.
A Guarda de Fronteiras Finlandesa deteve hoje e escoltou até águas territoriais um petroleiro que se encontrava no Mar Báltico, onde foi cortado um cabo elétrico de ligação entre a Finlândia e a Estónia, noticiou a imprensa local.
O navio foi identificado como provável elemento da chamada “frota russa sombra” e viajava da cidade russa de São Petersburgo para o Egito, adiantou a publicação britânica Lloyds List, especializada em tráfego marítimo, citada pela agência espanhola Efe.
De acordo com o site global de rastreamento de navios MarineTraffic, o navio em questão, Eagle S, que navega com bandeira das Ilhas Cook, abrandou visivelmente ao passar pelo cabo no momento em que a ligação foi interrompida, na quarta-feira.
O navio de patrulha da Guarda de Fronteiras escoltou o petroleiro até águas territoriais, a cerca de 20 quilómetros de Porkkalaniemi, uma península no Golfo da Finlândia.
Segundo a Guarda de Fronteiras Finlandesa, as âncoras do navio Eagle S não estavam posicionadas, o que suscitou suspeitas entre as autoridades.
As autoridades disseram que, com base na investigação preliminar, há razões para acreditar que a âncora do navio causou os danos.
O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, disse hoje em conferência de imprensa que o seu país responderá de forma decisiva a qualquer suspeita de interferência contra a sua infra-estrutura submarina.
As autoridades identificaram ainda danos em quatro cabos de telecomunicações da Finlândia no Mar Báltico.
No dia de Natal, a ligação de corrente contínua EstLink 2, entre a Finlândia e a Estónia, foi desligada da rede, anunciou o operador finlandês Fingrid, que não afastou a possibilidade de sabotagem e garantiu na altura que o fornecimento de eletricidade não havia sido afetado.
Segundo o diretor do Centro de Controlo da Rede Principal Fingrid, Arto Pahkin, a área danificada está localizada no lado finlandês do cabo submarino entre os dois países, pelo que companhia é responsável pela reparação. Pahkin estimou que as reparações podem demorar até sete meses.
O primeiro-ministro da Estónia, Kristen Michal, afirmou numa conferência de imprensa em Tallinn que irá consultar o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, sobre o aumento da presença da NATO no Mar Báltico, depois de o ministro do Interior, Lauri Läänemets, ter descrito os danos nos cabos submarinos como “um ataque, porque é um ataque contra as nossas infraestruturas críticas.”
Entretanto, a NATO já declarou, esta sexta feira, que vai vai reforçar a sua presença militar no Mar Báltico.
“A NATO vai reforçar a sua presença militar no Mar Báltico”, garantiu Mark Rutte na rede social X.
O secretário-geral afirmou também que conversou “com o primeiro-ministro da Estónia, Kristen Michal sobre a possível sabotagem de cabos do Mar Báltico.
A NATO é solidária com os seus aliados e condena todos os ataques a infra-estruturas críticas. Estamos a acompanhar as investigações da Estónia e da Finlândia e estamos prontos a prestar mais apoio”, garantiu, citado pelo The Guardian.
ZAP // Lusa
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É uma pena que não tivessem sido tão rápidos a investigar e a responsabilizar quem explodiu os gasodutos, que também são infraestrutura crítica de um país da UE e da NATO…
Também acho Kid. Foramrápidos a decobrir quem cortou este cabo, mas passados doi anos ainda “ninguém sabe” quem rebentou com o gasoduto Nord Stream,