Owen Lloyd ficou feliz por ter sido o mais rápido mas a felicidade durou pouco: é que deveria ter ficado só na sua pista.
Final dos 1.500 metros – ou mais ou menos, porque são 1.650 jardas, 1.509 metros.
Era o campeonato de natação da Conferência Atlântico dos Estados Unidos da América.
Owen Lloyd, atleta universitário da Carolina do Norte, venceu a final com o tempo de 14:37.04 minutos.
Retirou a touca, olhou para o ecrã a confirmar o tempo, tudo normal.
10 segundos depois, o problema: passou para a pista do lado, para continuar os festejos e cumprimentar o segundo classificado, Ross Dant.
As regras não o permitem. Um nadador pode celebrar mas nunca pode passar para outra pista antes de todos os adversários terem completado a prova.
Como ainda havia adversários a competir, Owen foi desclassificado.
No momento em que ia começar a ser entrevistado, ouve-se o aviso nas colunas do pavilhão: desqualificação para o nadador da pista 4. Precisamente o vencedor.
Owen Lloyd ficou de boca aberta, deitou-se desolado logo a seguir.
O segundo classificado, Ross Dant, saiu beneficiado com isto mas cedo começou a reprovar a decisão dos juízes.
E, quando falou ao microfone, não hesitou: “Acho que esta é a regra mais estúpida da natação“.
“Ele venceu-me justamente, deveria estar no pódio. São as emoções dele. Nós lutámos o ano todo para chegar aqui e termos um momento destes. Acho que uma desqualificação como esta é o gesto mais burras de sempre. E não vou à cerimónia de entrega de troféus. Ele vai ficar com a medalha!”, avisou.