Descida da mortalidade pode permitir fim das máscaras no interior pela Páscoa

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Especialistas confiam que a tendência decrescente das últimas semanas se deverá manter apesar dos ajuntamentos previstos para a Páscoa.

O fim da obrigatoriedade do uso de máscara nos espaços fechados pode chegar já na Páscoa ou na semana imediatamente a seguir. Para que o passo seja dado, um dos requisitos que o país deve atingir é a mortalidade de 20 óbitos por covid-19 por milhão de habitantes, numa média a 14 dias. Desta forma, o Governo pode pôr termo ao estado de alerta, em vigor até ao próximo dia 18.

De acordo com as previsões do matemático Óscar Felgueiras, que integra a equipa que aconselha o Governo em assuntos relacionados com a pandemia, os dados referentes até à última terça-feira sugerem que o valor da mortalidade por milhão de habitantes se situa nos 27,7 óbitos, a 14 dias. Segundo destaca o jornal Público, há uma semana, este valor era de 31 mortes.

“Em termos de óbitos já começou a haver uma descida nos mais velhos, pelo menos nos acima de 80 anos que são os que mas influenciam o indicador da mortalidade.” O investigador aponta ainda que a evolução é “favorável”.

Outro ponto positivo das suas previsões tem que ver com “a descida nos óbitos”, a qual se antecipou “à descida nos casos casos dos mais idosos”. Anteriormente, uma comportamento expectável era a subida dos casos e, apenas semanas depois, um impacto no número de mortes – para mais tarde o primeiro indicador começar a estabilizar. No entanto, desta vez, a redução aconteceu mais cedo.

Tal pode ajudar Portugal a atingir o valor de referência do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) para a mortalidade, ou seja, os 20 óbitos por milhão de habitantes a 14 dias. “Não é possível que (esse valor) seja atingido até à Páscoa”, ressalva, ainda assim, o matemático. “Apesar de tudo, houve uma ligeira antecipação da queda dos óbitos relativamente à queda dos casos. Portanto, isso é algo positivo e que, eventualmente, pode antecipar um pouco a perspetiva de se atingir a meta”.

Carlos Antunes, por sua vez, é mais cauteloso, defendendo que tal meta só será possível na semana que se segue à Páscoa, isto devido à taxa de descida “lenta“. “Em termos de óbitos já está de facto a haver uma inversão daquilo que se verificava na semana passada. A tendência que se verifica vai-nos levar pra depois da Páscoa, na semana seguinte à Páscoa para atingir a meta do ECDC, antecipa.

Ressalva ainda que é necessário que se mantenha o ritmo de descida que tem caracterizado o mês de abril e que não exista um ressurgir de casos após as festividades, sendo estas um momento em que muitas famílias tendem a reunir-se. Carlos Antunes aponta que caso se confirme este cenário será de “forma ligeira“.

ZAP //

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7 Comments

  1. A DGS, podia era continuar a dar os números nos noticiários, porque é importante as pessoas terem acesso a esse tipo de informação. Desde que começou a guerra na Ucrânia nunca mais falaram sobre os numeros da pandemia em Portugal

    • O boletim passou a ser semanal… Desconhece?
      Gostaria de saber para que é que as pessoas precisam saber desses números….?
      Sabe os números da gripe, diariamente? E dos cancros? E dos enfartes?
      Haja paciência…

      • E qual é o problema de as pessoas quererem ser informadas? Isto é alguma pide , por acaso? Que agora as pessoas não devam ser informadas ou alertadas? Os problemas que referiu não são contagiosos.

        • A gripe é…
          E não é a DGS que dá os numeros nos noticiarios, os noticiarios é que vão à DGS.
          E se não passa na tv è porque já não lhes interessa, não acha?

  2. A Jacinta vai desculpar-me, mas qual é o problema de os dados serem revelados diariamente?
    E qual a razão que justifica uma reacção tão veemente a um pedido que é legítimo? A si pode não interessar-lhe. Mas pode interessar a outros.
    Na sua ideia apenas deve ser divulgado aquilo que, de acordo com a sua perspectiva, tem interesse? Já vivemos nesse tempo: em que a informação divulgada era criteriosamente seleccionada e o povo sabia apenas aquilo que outros achavam que seria do seu interesse saber… Mais ou menos como acontece agora na Rússia… Não me parece uma boa solução…
    De facto não sabemos o número da gripe, dos cancros ou dos enfartes. Mas, qual seria o problema em sabermos?
    Um pouco mais de respeito pelo outro, recomenda-se!

    Quanto às máscaras: finalmente! Ainda ontem num artigo no público se falava no atraso na socialização e no desenvolvimento que o uso de máscaras está a provocar nas crianças de tenra idade por não conseguirem observar e aprender expressões faciais. Já para não falar no resto…. Desde que seja minimamente seguro, é mais do que tempo!

  3. É a sua opinião, que respeito. A minha é diferente e merecedora de igual respeito. Não há qualquer prazer mórbido nisso. Apenas o direito a estar informado. Se não quiser saber, bastará ignorar.

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