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Desaparecimentos, mistérios e lendas. O Triângulo do Alasca pode ser mais perigoso do que o das Bermudas

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wehardy / Flickr

Milhares de pessoas desaparecem todos os anos no estado norte-americano do Alasca, fazendo lembrar as histórias do Triângulo das Bermudas, onde aviões e navios desapareceram sem deixar rastro.

De acordo com a revista The Atlantic, três mil pessoas desaparecem todos os anos no Alasca. A maioria desaparece na zona selvagem do chamado “Triângulo do Alasca”.

O Alasca tem quase 640 quilómetros de cordilheira, 12 mil rios e mais de três milhões de lagos, pelo que a sua geografia é suficientemente imponente para alguém se perder no meio do nada.

Desde 1988, houve mais de 16 mil desaparecimentos na zona que forma o misterioso triângulo, entre as regiões de Utkiagaviq (também conhecida como Barrow), Anchorage, e Juneau, a capital do Alasca.

Em 1972, a área do misterioso Triângulo do Alasca despertou a curiosidade do mundo depois do desaparecimento de um avião Cessna que transportava políticos norte-americanos na cidade de Anchorage. Entre as vítimas estavam Thomas Hale Boggs, líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e Nick Begich, congressista do Alasca.

O governo dos Estados Unidos levou a cabo uma operação de 39 dias em busca dos políticos, utilizando 40 aviões militares e 50 aviões civis. No entanto, nunca encontraram destroços, escombros nem cadáveres.

O Alasca continuou a acumular milhares de casos de desaparecimentos sem solução. A revista The Atlantic descreve as histórias de dois jovens que desapareceram misteriosamente.

O primeiro é Rick Hills, que desapareceu em fevereiro de 2004, aos 35 anos, quando ia buscar um cheque em Anchorage. O outro caso é o de Richard Bennet, de 39 anos, que desapareceu perto da mesma cidade em 2005.

O gelo e a neve podem apagar os últimos vestígios de uma pessoa, uma vez que há constantes deslizamentos de terra, glaciares partidos, rios a transbordar e encostas perigosas. Todos estes fenómenos fazem com que qualquer explorador possa derrapar, cair e desaparecer com facilidade.

Por outro lado, não existe qualquer explicação para o desaparecimento de aeronaves. De acordo com a revista Curiosity, entre elas estão um avião militar com 44 passageiros em 1950 e o bimotor Cessna 340 com cinco passageiros em 1990.

Como em qualquer boa história de mistério, também no Alasca há uma panóplia de de lendas sobre animais humanizados que perseguem os viajantes. Estes animais, como contam os nativos, desfazem os humanos em pedaços.

Algumas pessoas remetem para o mito sobre o chamado Kushtaka, o Pé Grande do Alasca, que, reza a lenda, vagueia normalmente pelas montanhas frias com a intenção de levar os viajantes para acabar com eles ou transformá-los noutro Kushtaka.

Também há a teoria que defende que os glaciares são enganadores e parecem sólidos. Porém, na realidade, têm fendas profundas onde qualquer avião ou ser humano pode desaparecer.

Desta forma, conclui o Sputnik News, o grande segredo do Triângulo do Alasca pode significar que tudo está enterrado na natureza.

O Triângulo do Alasca tem sido comparado ao famoso Triângulo das Bermudas. Estima-se que, nos últimos 100 anos, o misterioso local tenha provocado a destruição de 75 aviões e afundado centenas de barcos e navios – provocando mais de mil mortes. Em média, cinco aviões continuam a desaparecer na região todos os anos.

Ao longo dos anos, foram avançadas várias teorias para explicar o mistério. Uma teoria avançada em 2016 por um grupo de meteorologistas defende que a culpa dos desaparecimentos será da presença de “nuvens hexagonais” que podem originar ventos muito fortes ou “bombas de ar” capazes de destruírem ou afundar navios e aviões.

No passado, atribuiu-se o mistério a bolhas de gás metano do fundo do oceano, campos magnéticos, ondas gigantes, lulas gigantes ou a explicações mais metafísicas, como dimensões alternativas, universos paralelos ou raptos por extraterrestres.

ZAP //

1 Comment

  1. Mais um triângulo? Já chega de geometria. Obviamente que, estranho seria, alguém que se aventure por aquelas paragens inóspitas, imensas e selvagens, não se perca.

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