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Desaparecimento do pequeno Daniel na Madeira pode ter sido “encenação”

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O desaparecimento do pequeno Daniel em janeiro na Madeira pode ter sido uma “encenação” dos pais para depois venderem o menor, disse à agência Lusa fonte da Polícia Judiciária.

A tese da PJ madeirense começa, segundo a fonte, a ganhar consistência, após vários interrogatórios feitos pela polícia aos pais e outras pessoas com conhecimento do caso.

Na sequência de desavenças entre os pais da criança, foram feitas acusações e, com base nas inquirições feitas até o momento, a PJ considera que ganha consistência a possibilidade do “desaparecimento do Daniel ter sido uma encenação do casal para depois vender a criança“.

Os pais do Daniel e um outro indivíduo – não identificado -, saíram esta madrugada das instalações da Polícia Judiciária depois de sete horas de interrogatório e foram para casa.

“O interrogatório foi no âmbito do caso do desaparecimento da criança, mas ninguém ficou detido, foram para suas casas”, referiu a fonte.

Os progenitores saíram das instalações policiais em carros separados e seguiram para a Calheta, onde vivem.

Eduardo Nunes, o coordenador da PJ, disse num contacto feito pela agência Lusa que estão a decorrer diligências nas instalações no Funchal.

“Estamos a desenvolver diligências e a trabalhar nesse inquérito“, declarou o responsável, escusando-se a fornecer mais pormenores sobre o assunto.

O Daniel, um menino de 18 meses, foi dado como desaparecido desde a tarde de domingo, 19 de janeiro, quando se encontrava num encontro familiar na casa do tio, localizada no sítio dos Reis Acima, na zona alta do concelho da Calheta, acabando por ser encontrado três dias depois por um profissional responsável pela distribuição de água de rega na Madeira entre as 7h e as 8h no meio da floresta.

Quando foi encontrada, a criança apresentava sinais de frio, mas segundo o pediatra que o observou no Hospital do Funchal, estava “clinicamente bem“.

Na altura, o médico considerou “intrigante” que o bebé tenha conseguido sobreviver sozinho ao relento durante três dias e noites nas zonas altas da Calheta.

Após o alerta do desaparecimento da criança foi desencadeada uma operação de busca para encontrar o menino, envolvendo elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), Polícia Judiciária (PJ), bombeiros da localidade e uma equipa cinotécnica da Guarda Nacional Republicana (GNR), contando com a colaboração de elementos da Guarda Florestal e populares

Mas, no fim da manhã do dia seguinte, o coordenador da PJ no Funchal deu por “terminadas” as buscas sem que a criança tivesse sido encontrada.

Os pais e todas as pessoas que estavam na casa onde desapareceu a criança foram ouvidos nas instalações da PJ no Funchal, mas até agora não foram efetuadas quaisquer detenções, nem foram atribuídas responsabilidades pelo desaparecimento da criança.

/Lusa

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