Deputados britânicos proibidos de levar os gatos (e o Parlamento encheu-se de ratos)

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Jose M. Vazquez / Flickr

Palácio de Westminster, Londres, sede do Parlamento britânico

O Parlamento do Reino Unido precisou de aumentar o orçamento para combater os ratos que se passeiam pelo Palácio de Westminster, depois de ter decidido que os deputados não podem levar os seus gatos para tratar do problema, revela a imprensa britânica esta quinta-feira.

O Parlamento Britânico destinou uma verba de 142 mil euros para combate aos ratos no Palácio de Westminster, alcançando um valor recorde que contempla a aquisição de mais de 1.700 armadilhas e a contratação de um técnico especializado em desratização, um problema que afecta muitas casas no Reino Unido.

Esta não é a primeira vez que são vistos ratos a passear pelas duas Câmaras do Parlamento Britânico, a Câmara dos Comuns e dos Lordes, e foi aliás a presença dos roedores que inicialmente levou os deputados a decidir levar os seus próprios gatos para o palácio, com a nobre missão de lhes dar caça.

A deputada conservadora Penny Mordaunt foi a primeira a colocar em prática a ideia, tendo começado a levar a sua gata, Titania, para tratar da desagradável situação.

Mas, em 2014, o Parlamento proibiu o acesso de animais ao Palácio, determinando que só seria permitida a presença de cães-guias e dos cães da segurança do Palácio – com o intuito de assegurar o conforto “dos animais, dos membros do Parlamento e dos visitantes do Palácio de Westminster”.

Como consequência inevitável, a existência de diferentes pragas foi aumentando, e, só este ano, já foram contabilizados 217 ratos e mais de 1 milhão de traças. Entre 2015 e 2016, o Parlamento usou 113 mil euros, técnicos especializados e até falcões para tentar acabar com as pragas.

Algo que os gatinhos dos deputados faziam gratuitamente – e com todo o prazer.

// EFE

1 Comment

  1. Estão só a referir-se aos ratos de 4 patas, aos «mus, muris»! Mas de facto a pior das pragas dos parlamentos são os «muris politicus»! Muito mais vorazes que os de 4 patas e que até legislam a proibição de os gatos lá entrarem!
    Em Portugal eram célebres as ratazanas do convento de Mafra «rattus, rattus»… E à semelhança do que sucede em Westminster, tem havido incontrolável proliferação desta espécie no palácio de S. Bento, em Lisboa…
    Para não ser «politicamente correto», não atendo aos apelos da «igualdade de géneros», não quero falar de RATAS

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