Deputado do PCP arrasa críticas de Marques Mendes sobre festa do Avante

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Miguel A. Lopes / Lusa

O deputado do PCP, António Filipe

O deputado comunista António Filipe reagiu, esta segunda-feira, às críticas do ex-líder do PSD, Luís Marques Mendes, sobre a realização da festa do Avante!.

Este domingo, no seu habitual espaço de comentário no “Jornal da Noite”, da SIC, Luís Marques Mendes criticou a realização da festa do Avante!, considerando que é uma “decisão inacreditável no atual estado de pandemia”.

Na sua página de Facebook, esta segunda-feira, o deputado António Filipe atacou o ex-presidente do PSD, lamentando que “um líder fracassado do PSD seja o principal e não contraditado comentador de um canal de televisão generalista”, tendo considerado que é “um sinal impressivo do grau de degradação a que chegou a comunicação social neste país”.

O comunista também utilizou a ironia para dizer: “Estou destroçado. Tinha tanta esperança de vender uma EP ao Marques Mendes”.

Antes, na mesma rede social, o deputado já tinha lembrado que “as preocupações de segurança sanitária nunca estiveram ausentes da ponderação sobre a realização da Festa” e que “basta verificar que as iniciativas realizadas pelo PCP têm tido esse cuidado”.

Sobre as críticas dos promotores de festivais de música, o comunista recordou que os festivais não estão proibidos e que “podem ser feitos desde que sejam cumpridas as regras impostas pela DGS”.

Por isso, “que os promotores não queiram assumir essa responsabilidade é problema deles. Não venham é acusar o PCP de querer exceções. Até porque, como é notório, há festivais a serem realizados”, afirmou.

Relativamente à lotação da festa, o deputado explicou que “o PCP nunca disse que ia ter 100 mil pessoas na Festa. O que disse foi que a área disponível permite acolher esse número de pessoas em segurança, o que é bem diferente“.

“Há quem diga que o PCP vai pagar caro por realizar a Festa. Pois vai. Mas não é por ser este ano. É por realizar a Festa todos os anos. É por existir e defender os direitos dos trabalhadores. O PCP paga sempre muito caro o facto de existir e de não desistir de existir e de ser o que é. Compete-nos a nós, comunistas e outros democratas, não alimentar o coro desses credores”, concluiu.

Segundo o semanário Expresso, esta segunda-feira, na conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, recusou alimentar a polémica sobre o Avante! e assegurou que a DGS “não toma decisões políticas“.

O governante diz que muitos aspetos do evento ainda não são conhecidos pelas autoridades e que estes vão começar a ser analisados e discutidos, depois de terem recebido a documentação da organização do evento.

“Deve ser feito um trabalho técnico exaustivo e progressivo para que se possam garantidamente tomar boas decisões”, afirmou.

ZAP //

16 Comments

  1. Pois, quem é que decidiu que a palavra “arrasa” se aplica neste caso?
    Foste tu, ZAp?
    Eu não acho que as críticas do Marques Mendes tivessem sido arrasadas, bem pelo contrário. Achei que o deputado do PCP decidiu fazer um ataque pessoal e político esquecendo o que de facto importa: a análise do risco associado à Covid19.
    Sempre achei que as notícias se deviam focar em factos e não em interpretações e percepções pessoais, principalmente quando as mesmas se revestem de um elevado grau de subjectividade.
    Zap, desculpa por te ter ARRASADO com o meu comentário, mas mereceste, pois já não é a primeira vez que meteste a pata na argola! Pode ser que finalmente aprendas…

    • Caro leitor,
      Obrigado pelo seu reparo. Estamos sempre a aprender.
      Presumivelmente, o leitor conhece apenas um ou dois dos 15 significados, uns positivos, outros negativos e outros antes pelo contrário, que o dicionário Priberam atribui ao verbo “Arrasar”.
      O nosso título usa-o com o 6º desses significados.

      ar·ra·sar
      verbo transitivo
      (…)
      6. Descompor.
      (…)
      arrasar“, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

    • Concordo. Mesmo após a explicação do “ZAP”, o título não deixa de sugerir ao leitor, de imediato, uma interpretação. Todavia, há muito que o jornalismo deixou de ser isento e, como tal, infelizmente, já nem me surpreendo.

      Acabo por dar razão ao Sr. deputado António Filipe tem razão quando fala do “(…) grau de degradação a que chegou a comunicação social neste país”, mas por razões diferentes.

      • Caro leitor,
        A isenção assume várias formas. Uma delas é a de não ter (“oficialmente”) nem refletir nenhuma posição.
        A outra é a de ter ou refletir todas.
        Essa é a isenção que escolhemos trilhar. Não é por dizer hoje que A arrasou B que deixamos de ser isentos. Deixamos de ser isentos quando todos os dias dizemos que A arrasou B, ou que os amigos de A arrasaram os protegidos de B.
        No ZAP, dia sim dia não alguém arrasa alguém. Mas amanhã, será B a arrasar A. Ou C a arrasar D.
        E é essa a nossa isenção.

      • Percebi tudo e vão de encontro ao que escrevi anteriormente: não existe isenção e, neste caso, pelo que me esclareceram “depende dos dias”.

      • Zap, porque é que não publicas a minha resposta? Será que elas assustam assim tanto?
        Não tenho sequer direito ao contraditório?
        Estão aqui publicados comentários com uma hora bem posterior aos meus comentários.
        Espero que se trate apenas disso mesmo: um atraso…

  2. António Filipe:Aplaudo os partidos que cancelaram as suas festas, aplaudo os empresários que cancelaram os seus festivais e concertos, mando para a P.Q.P. os dirigentes dom PCP que só pensam nos euros que vão ganhar e estão se a CAGAR para a saúde dos portugueses, venha-me lá o tio Jerónimo a falar que defende os portugueses defende é a conta bancária do PCP, só espero que os portugueses não votem no PCP que não se esqueçam de como o PCP esta a C.A.G.A.R. para a nossa saúd e não passam de uns ditadores que impõem a vontade e deles sem olharem a meios, que se lembrem de que se não fosse o Novembro de 1975 o PCP tinha acabado de destruir o que começou em 1974

  3. Sobre o conteúdo:
    Não existe qualquer argumento que suporte a decisão do PCP. Como frequente visitante da FdA, este ano, por prudência, não irei. Tal como ainda não vou a restaurantes. Ou a ajuntamentos.
    De facto parece-me haver posições governamentais diferentes conforme a actividade ou o promotor em causa.
    Não sendo religioso católico aceitei as restrições das reuniões em Fátima baseadas na prudência. Não percebi aquela do Campo Pequeno como não percebo a irresponsabilidade de todos os ajuntamento públicos que tem havido. E não acredito que haja forma de controlar os comportamentos na Atalaia.

    Sobre a forma:
    Zap, podem tentar justificar o título mesmo com o enésimo significado de “arrasar”. Não deixam de suportar o modismo actual da utilização de uma palavra desadequada para o contexto.
    Não me parece que António Filipe tenha descomposto o Marques Mendes, será que ele ficou descomposto?
    Apesar de encarar os artigos de ZAP como sérios, em especial na Ciência e Tecnologia, encaro esse título como “clickbait”.
    “António Filipe contradiz críticas de Marques Mendes”, eu que não sou jornalista, apenas consumidor de notícias…já que ele refere que o outro não tem contraditório…o que não deixa de ser verdade.
    Ahh, e Marques Mendes muuuitas vezes desdiz-se.

      • É só mais um advogado/consultor parasita/oportunista que usa o tempo de antena da TV (onde faz de conta que é comentador) para agradar à sua clientela de mafiosos… como o meio-metro de excremento não tem um pingo de vergonha, acaba por nos brindar com pérolas como se vê no video acima!…

  4. Tendo em conta o título e depois o corpo da mensagem, ele, literalmente “arrasou” Marques Mendes, atacando-o apenas e não os seus argumentos…as vezes dou por mim a pensar se realmente existe isenção no actual jornalismo (so que não).

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