Avante! garante cumprimento das regras em recinto para 100 mil pessoas

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Festa do Avante! / Flickr

A organização comunista da Festa do Avante! garantiu, esta terça-feira, o escrupuloso cumprimento das regras de distanciamento e higiene sanitários impostos pelas autoridades, num recinto cuja lotação oficial é de 100 mil pessoas.

O principal responsável pelo evento, Alexandre Araújo, membro do Secretariado do Comité Central do PCP, evitou adiantar “números” de bilhetes já vendidos, qualquer previsão de visitantes ou mesmo esclarecer se vai haver um limite à entrada de pessoas, numa conferência de imprensa nos terrenos da 44.ª edição do certame político-cultural comunista.

“A DGS conhece a lotação habitual da festa. Nós temos tido uma lotação estabelecida, do ponto de vista das licenças emitidas, que se aproxima dos 100 mil. Digamos que… Bem, não digamos mais nada”, limitou-se a dizer, após ser insistentemente questionado.

O dirigente do PCP confirmou que a venda de bebidas alcoólicas, por exemplo, vai respeitar “legislação e regras em vigor”, pois “neste momento é proibida a sua venda depois das 20h00, à exceção de estabelecimentos de restauração” e será isso que se vai passar nas quintas da Atalaia e do Cabo da Marinha, Amora, Seixal, entre 4 e 6 de setembro.

“Pronto, isso não sei, há um certo fascínio por números… eu, relativamente, a números… temos tido uma participação normal nas jornadas de trabalho, de fim-de-semana para fim-de-semana: 150, 200 pessoas a trabalhar. Tem estado ao nível de anos anteriores”, afirmou Araújo, sobre os voluntários que estão a construir as infraestruturas do recinto desde 6 de junho.

A EP (Entrada Permanente, um bilhete para os três dias) da Festa do Avante!, com o custo de 26 euros até 3 de setembro, está à venda desde o Natal, de forma descentralizada, junto das diversas organizações do partido, um pouco por todo o país. Em qualquer dos dias de espetáculos, o bilhete aumenta para 38 euros, embora as crianças até 14 anos não paguem, desde que acompanhadas por adulto.

“Quanto ao número de bilhetes vendidos, talvez para responder com clareza, como se isso constituísse um grande ‘furo’, mas não será hoje ainda que anunciaremos esse número. Portanto, não avançaríamos essa informação. A EP é vendida de forma descentralizada nas organizações do partido. Vamos procurando conhecer e temos uma ideia aproximada, não exata”, esquivou-se.

Segundo Alexandre Araújo, não está ainda colocada “nenhuma limitação do ponto de vista global à presença [de pessoas] na festa”, já que se trata de “um espaço muito amplo, mais aberto, com menos construção do que em anos anteriores, exatamente para permitir maior distanciamento entre as pessoas”, tendo a organização optado por introduzir “lugares marcados nos espetáculos” e para o comício de encerramento.

“A festa não é exceção em relação àquilo que está hoje colocado, do ponto de vista das recomendações quanto a aglomerações, da distância física que se deve conservar, do uso da máscara quando se está em determinados espaços ou com determinado número de pessoas. Isso hoje são aspetos que estão em aplicação e que o conjunto dos portugueses adotou esse tipo de procedimentos. Na festa isso não será diferente“, assegurou.

O dirigente comunista revelou ainda que, “desde a primeira hora”, foi entregue um “documento na DGS com todo um conjunto de elementos quanto à previsão de funcionamento da festa”, encontrando-se o partido e a organização “a trabalhar na arrumação e fecho final do plano de contingência”.

“Nós temos denunciado. Digamos que ocorre em relação à festa uma certa campanha de quase criminalização. Em muitos aspetos, mais do que a preocupação com aspetos da saúde pública, o que se vê aí é um certo objetivo de isolar a festa, criar dificuldades a que as pessoas a visitem. Procura-se criar uma hostilidade que não se verifica em relação a outros eventos. Pensamos que esses objetivos são políticos e que têm a resposta política que procuraremos dar”, lamentou.

A realização da festa está envolta em polémica, depois de todos os partidos terem cancelado acontecimentos que juntem muitas pessoas e de o Governo ter proibido os festivais de verão até setembro.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Para haver o o escrupuloso cumprimento das regras de distanciamento e higiene sanitários impostos pelas autoridades na festa do Avante teria de fazer com essa festa o mesmo que se faz ás milhares de festas que normalmente ocorrem em Portugal no verão, ou seja…. NÃO HAVER FESTA.

  2. Garante quando e como????
    tantas precauções e privações que o povo tem tido e que não impediram centenas de novos casos por dia e querem fazer acreditar que no regabofe de um partidozeco politico, onde se prevêem a presença de 100.000 pessoas vai tudo correr bem???
    não sei quem tem menos vergonha na tromba, se é o partido ou quem pretende ir a esse evento.

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