Os parceiros sociais manifestaram-se incrédulos perante a ausência do chefe de missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal, Subir Lall, no encontro convocado pelo mesmo, no âmbito do processo de acompanhamento e monitorização da economia nacional.
Naquela que deveria ter sido uma reunião para avaliar as políticas do mercado de trabalho e o seu impacto fiscal, incluindo a reposição da lei das 35 horas de trabalho semanal para a função pública, o salário mínimo, a despesa pública e as desigualdades, os parceiros sociais estiverem reunidos mais de duas horas com dois técnicos do FMI que não conhecem, sem que lhes tenha sido dada uma justificação para a ausência de Subir Lall, que convocou o encontro.
Uma ausência que surge depois de Subir Lall ter defendido, em entrevista à Lusa, que os portugueses devem trabalhar mais anos e com menos direitos na reforma.
Entre os sete elementos do FMI que deveriam estar presentes no Conselho Económico e Social (CES), em Lisboa, compareceram apenas dois que, segundo os parceiros, nada disseram, não se apresentaram, tomaram notas, e que apenas falaram para colocar uma questão: “Qual a opinião dos parceiros sociais sobre a redução do investimento em Portugal?”.
“Surpreendeu-nos a ausência de Subir Lall e não foi explicada a razão. Espero que seja uma boa razão, senão significa um desprezo pela concertação social e pelos parceiros, que nós consideramos que é negativo. Os técnicos presentes não se apresentaram e pela idade não devem ser pessoas com muita experiência”, afirmou o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes.
Também o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, lamentou o facto de o chefe de missão do FMI não ter estado presente no encontro.
“Robôs que tiram apontamentos e não respondem”
Do lado das centrais sindicais, a surpresa pelo sucedido pautou as declarações do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, para quem “situações destas no futuro não podem voltar a verificar-se”.
“O FMI não pode pensar que chega a Portugal, define uma agenda política e chama os parceiros sociais para dar suporte a essa agenda política, sem dizer uma palavra, sem fundamentar uma posição, sem justificar aquilo que dizem”, considerou o líder da central sindical.
Arménio Carlos acrescentou ainda que os técnicos “funcionam como robôs, entram para ouvir falar, tiram apontamentos, são confrontados com questões concretas, e não respondem”.
Já a UGT, pela voz da secretária-geral adjunta, Ana Paula Bernardo, afirmou que a estrutura sindical não foi informada da composição, “nem total, nem parcial, da delegação do FMI”.
“Foi-nos dito que numa próxima oportunidade o chefe de missão tentaria estar presente”, disse.
Questionada sobre quem seriam os dois elementos do FMI presentes no encontro desta manhã, Ana Paula Bernardo disse não saber responder a essa pergunta, e acrescentou: “Tanto quanto sabemos são técnicos do FMI que acompanham certamente Portugal, mas essa questão terá de ser colocada ao chefe de missão”.
A deslocação dos representantes do FMI a Lisboa, com a duração de mais de uma semana, tem final marcado para quarta-feira.
De acordo com a folha de presenças afixada no final da reunião, os técnicos do FMI presentes no encontro eram Matthew Gaertner e Maximilien Queyranne, que surgem como contribuidores no relatório ontem publicado, Da crise à convergência: traçar um rumo para Portugal, nos capítulos relativos às dívidas pública e privada.
Ambos são responsáveis pelo capítulo intitulado “Dealing with Public Debt Overhang: Fiscal Adjustment and Challenges Ahead” (ajustamento fiscal e desafios futuros).
Maximilien Queyranne, do Departmento de Assuntos Fiscais (FAD) do FMI, é ainda um do autores do capítulo seguinte, “Dealing with Private Debt Overhang: Corporate Debt Restructuring” (reestruturação da dívida empresarial).
ZAP / Lusa
Como sempre,tratados abaixo de canção mansinho e de orelha caída.
Estamos ficando fartos de ser humilhados por estes asnos. Portugal para fora da Europa, quanto mais cedo melhor !!!!
Burros somos nós. Se sua excelência nao compareceu, nem deu explicações, saiam todos e nao havia reunião.
Efectivamente é o tipico português… totocas.
Falas por ti, obviamente!
Mas, já é bom admitires, agora só falta tentar corrigir isso!…
Pela “qualidade” do comentário já vais num nível de burridade bastante avançado… estás quase ao nível desse parasita do FMI!…
Nojento!
O chefe “gorduroso” do FMI possivelmente caíu-lhe mal a jantarada do dia anterior.
A reunião nem devia ter começado…..
A culpa foi do bom vinho que temos por cá que acompanhou certamente uma boa refeição como não se consegue comer em qualquer país e depois deveria ter dado em sonolência que o dito personagem teve que satisfazer com uma boa soneca!
Ate um preto da Etiopia goza com nos. Não apareceu e deixou tudo pendurado. É este o respeito do FMI pelos portugueses.