Metade do bloco operatório do Hospital de Santarém está encerrado, caso denunciado na sequência da demissão de 15 responsáveis.
A RTP avança que os médicos e enfermeiros denunciam que as salas do bloco da unidade de Santarém, que serve mais de 250 mil habitantes, não oferecem as condições mínimas de segurança.
Este domingo, 15 médicos e diretores clínicos do hospital colocaram os seus lugares à disposição da administração, “numa demonstração de solidariedade”.
Trata-se, explica a RTP, de 10 diretores de serviço, onde se incluem os responsáveis pelo bloco operatório, e também os responsáveis na área de enfermagem.
Em comunicado, os médicos explicam que estão contra o financiamento proposto pelo Ministério da Saúde, apontando como exemplo o bloco operatório, onde só metade das salas funciona.
“Fruto da degradação própria de instalações com mais de 30 anos, as salas de Bloco Operatório não oferecem as condições mínimas de segurança para a função que existe (tratamento cirúrgico de doentes), estando o Bloco Central a funcionar apenas com 50% das salas. Isto implica uma quebra de aproximadamente 50% no número de cirurgias, quebra essa que continua acentuar-se no 1º trimestre deste ano”, referem os médicos.
O administrador do hospital, José Rianço Josué, confirma a situação: “estamos com menos salas do que necessitávamos, cerca de metade, mas as salas que estão a funcionar estão em pleno e cumprindo todos os requisitos para o efeito”.
Guadalupe Simões, do sindicato de Enfermeiros, comenta à RTP que acha estranho que esta posição dos responsáveis clínicos surja só agora, visto que o problema já existe há três anos.
De acordo com os médicos, estão em causa as graves dificuldades que este hospital enfrenta há já três anos, “lutando permanentemente por se manter à tona, com a construção de um novo serviço de Urgência e pavilhão de consultas”.
O centro hospitalar possui as mesmas instalações há trinta anos, encontrando-se as mesmas em estado de grande degradação.
Os profissionais do hospital de Santarém lamentam a “tutela não aprove o início das obras”, ao que o ministério da Saúde, contactado pela Antena 1, responde que o pedido de investimento para a realização de obras – que foi recebido no primeiro trimestre deste ano – ainda está em análise..
ZAP