Novo confinamento agrava défice em 2504 milhões de euros até fevereiro

Nuno Fox / Lusa

O ministro das Finanças, João Leão

O défice das administrações públicas em Portugal foi de 1153 milhões de euros até fevereiro, um agravamento de 2504 milhões face ao mesmo período do ano passado, divulgou, esta quinta-feira, o Ministério das Finanças.

“A execução orçamental em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) até fevereiro registou um défice de 1153 milhões de euros, um agravamento homólogo de 2504 milhões de euros explicado pelo impacto das medidas de confinamento para travar a propagação da pandemia”, de acordo com um comunicado sobre a execução orçamental divulgado esta quinta-feira.

O ministério liderado por João Leão acrescenta que “a degradação do défice traduz a significativa contração da receita (-11,8%) e o forte crescimento da despesa primária (+6,9%)”, reflexo dos impactos negativos na economia e das medidas de apoio no âmbito da pandemia.

Em janeiro e fevereiro, a despesa total com medidas de apoio às empresas e às famílias ascendeu a cerca de 1091 milhões de euros, um valor que equivale a apenas um terço da despesa total feita no ano passado com apoios no âmbito da pandemia.

O documento sobre a execução orçamental de fevereiro refere também que a receita de impostos e contribuições recuou 17,4% neste período, “com a generalidade dos impostos a evidenciar quebras, destacando-se a redução de 12,7% do IVA em termos comparáveis (ajustada do efeito dos planos prestacionais e da prorrogação de pagamento até 31 de março)”, cita a RTP.

O Ministério das Finanças acrescenta ainda que “a despesa primária cresceu 6,9%, incorporando o significativo crescimento da despesa da Segurança Social”.

Já a despesa do Serviço Nacional de Saúde cresceu a “um ritmo recorde de 10,5%, principalmente pelo aumento muito elevado das despesas com pessoal (10,1%)”, aumento que resultou em grande parte do “reforço expressivo do número de profissionais de saúde em 8% (mais 10.786 trabalhadores face a fevereiro de 2020)”, cita a estação pública.

ZAP // Lusa

 

 

 

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