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Ministério da Defesa recua na diretiva para comunicação inclusiva

Mário Cruz / Lusa

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho

Depois das críticas dentro das Forças Armadas, o ministério da Defesa recuou na diretiva para uma comunicação mais inclusiva.

Fonte oficial do Governo confirmou à rádio TSF que o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, assinou, esta sexta-feira, um despacho a classificar “a diretiva como um documento de trabalho” que “carece de aprovação superior”.

O ministro escreve que, “por carecer de aprovação superior, e por se tratar de um documento de trabalho que não evidencia um estado de maturação adequado, devem considerar-se anulados os referidos ofícios”, cita a rádio.

A diretiva foi enviada ao Estado-Maior-General das Forças Armadas e aos três ramos militares e versava sobre a utilização de uma comunicação mais inclusiva, seja em documentos de cariz oficial, como “decisões de dirigentes e chefes militares e respetivas comunicações internas e externas, incluindo ofícios” ou “documentos relativos ao recrutamento e à gestão de pessoal”.

No entanto, mal a notícia foi conhecida, provocou contestação dentro das Forças Armadas, que a consideraram uma “provocação”, uma “ofensa” e uma “afronta”, tendo em conta que há problemas mais importantes para resolver, como o acesso à saúde ou a revisão das carreiras.

Depois de a diretiva ter sido divulgada, o ministério emitiu uma nota a afirmar que o documento tinha sido enviado no sentido de “recolher contributos e melhorias, e que, só depois da audição de todos os envolvidos e integrados os contributos considerados pertinentes, a diretiva se assumiria como documento final”.

Porém, recorda a TSF, no ofício enviado inicialmente, não se encontra, em qualquer parte, que se trata de um documento para recolha de contributos.

ZAP //

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