O dirigente socialista vai apresentar, esta quinta-feira, a sua candidatura a secretário-geral do PS, cargo a que concorre pela terceira vez e cuja eleição direta se realiza nos dias 11 (voto eletrónico), 18 e 19 de junho.
Na sessão de lançamento da sua candidatura, marcada para o Miradouro Sophia de Mello Breyner, na Graça, em Lisboa, às 17h30, Daniel Adrião vai também apresentar a sua moção de estratégia ao Congresso Nacional do PS, intitulada “Democracia plena”.
“Escolhi este local como homenagem à deputada constituinte do PS e uma das grandes figuras da cultura portuguesa. É uma homenagem que presto à poesia e à política feita com valores”, declarou o socialista à agência Lusa.
Daniel Adrião, de 53 anos, ex-jornalista e consultor de investimentos para a área do investimento internacional e tecnologias de educação, candidata-se pela terceira vez ao cargo, depois de tê-lo feito nos congressos de 2016, em Lisboa, e de 2018, na Batalha.
Neste momento, a corrente minoritária de Adrião tem 10 dos 65 lugares efetivos dentro da Comissão Política Nacional do PS, e um peso percentual semelhante (cerca de 12%) na Comissão Nacional, que é o órgão máximo partidário entre congressos.
“O PS tem um problema de claustrofobia democrática. É um apêndice do Governo para fins eleitorais. Cristalizou-se na sua cúpula dirigente, funcionando num circuito fechado da elite dirigente. Os militantes são ignorados e não têm voz”, afirmou o socialista ao jornal Público, acrescentando que, se não fosse a sua candidatura e a sua moção, “o congresso seria uma missa de António Costa”.
O candidato insiste que o PS “precisa de uma nova vitalidade, de uma nova força motriz e de um exercício de vitalidade democrática” e que “é preciso contrariar o culto do chefe, (…) que já vem de trás, mas tem vindo a acentuar-se”.
Quinta-feira é o último dia do prazo para a entrega de candidaturas ao cargo de secretário-geral e de moções de estratégia para o Congresso Nacional do PS, que se realizará nos dias 10 e 11 de julho, com os delegados socialistas distribuídos por 13 locais distintos por causa da pandemia da covid-19.
Espera-se que amanhã seja também formalizada a quarta candidatura do atual líder (2014, 2016, 2018 e 2021), António Costa, bem como a sua moção de estratégia, que é coordenada pela dirigente socialista e atual ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
ZAP // Lusa
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