Cuba proíbe perfumes com nomes de Chávez e Che

BBC

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O governo cubano proibiu uma empresa farmacêutica de fabricar perfumes com os nomes de Ernesto Che Guevara e Hugo Chávez.

Os produtos tinham atraído a atenção da imprensa mundial e dos participantes no simpósio em que foram apresentados esta semana.

Entretanto, numa nota publicada com o título “Os símbolos são sagrados” no diário Granma, o veículo oficial do Partido Comunista cubano, o Comité Executivo do Conselho de Ministros cubano descreveu a iniciativa como “um grave erro” e não comprou a ideia de que as fragrâncias seriam uma homenagem aos dois líderes.

“Os símbolos da revolução são e sempre serão sagrados”, diz a nota.

A empresa cubana Labiofarm, que produz medicamentos homeopáticos e produtos de limpeza, tinha lançado o perfume Hugo em homenagem ao falecido líder da chamada revolução bolivariana na Venezuela, e Ernesto em homenagem ao comandante da revolução cubana, Ernesto Guevara, o Che.

O director de investigação e desenvolvimento da Labiofarm, Mario Valdés, explicou à BBC que os nomes foram escolhidos após uma sondagem realizada junto dos consumidores.

Hugo tem “notas cítricas e amadeiradas que dão uma expressão de masculinidade”, diz Valdés.

Ernesto tem “algo de essências frutadas com elementos de carvalho, que dá um sentido varonil – uma síntese do famoso bordão guevariano, segundo o qual há que endurecer-se sem perder a ternura jamais”, acrescenta o responsável da farmacêutica.

A direcção do grupo empresarial revela que pediu previamente autorização às famílias de Chávez e Guevara para baptizar as fragrâncias.

Os produtos deveriam ser estar à venda no mercado cubano no início de 2015.

ZAP / BBC

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