Anualmente, os CTT gastam 258 milhões de euros por ano em serviços externos, registando o valor mais elevado para este tipo de despesas – que englobam energia, água, segurança, apoio informático, fornecimento de consumíveis, entre outros serviços – desde 2013.
A notícia, avançada pelo Correio da Manhã esta segunda-feira, dá conta que o agravamento dos custos com serviços externos está relacionado com a aplicação do Plano de Transformação Operacional e deverá ser um dos temas debatidos na Assembleia Geral dos Correios, que se realiza esta terça-feira.
De acordo com o matutino, o plano levou ao aumento do número de postos de Correio para 1.845 em 2018, dos anteriores 1.761 postos.
Entre os maiores gastos em serviços externos está um contrato com a Fujitsu para apoio e manutenção informática. O contrato de três anos celebrado em outubro do ano passado prevê o valor de 8,3 milhões de euros.
O Correio da Manhã observa que este é um dos contratos que está a gerar polémica. O contrato em causa foi assinado em outubro de 2018. A empresa de correios declarou “urgência imperiosa” para avançar para uma contratação por ajuste direto, depois de o resultado do concurso anterior ter sido suspenso por ação de um outro concorrente.
O contrato prevê apoio e manutenção informática para os trabalhadores dos CTT e apoio aos clientes que utilizem as aplicações e plataformas informáticas. Fonte oficial dos explicou ao diário que o novo contrato acaba por “agregar” outros dois já existentes.
A empresa liderada por Francisco de Lacerda revelou, em fevereiro passado, que o resultado líquido em 2018 ficou abaixo dos 20 milhões de euros, uma quebra de 28% face a 2017, explicada com os custos com a reestruturação que tem sido levada a cabo pela companhia, nota ainda o jornal Eco.
“A queda pressionou a administração a abandonar a política de dar todo o lucro em dividendos que era adotada até aqui. Por isso, foi anunciado um corte de mais de 70% na remuneração acionista, com os CTT a proporem distribuir apenas dez cêntimos por ação, contra os 38 cêntimos no período anterior”, recorda o diário de economia.