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Cruz Vermelha pretende arrendar sede em Lisboa para resolver problemas financeiros

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Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, quer aprovar em assembleia geral esta quarta-feira um conjunto de medidas, as quais envolvem o possível arrendamento da sede em Lisboa, o Palácio Conde D’Óbidos.

A instituição liderada por Francisco George vai discutir em assembleia-geral uma série de medidas que têm em vista amenizar os problemas financeiros.

Em causa estão as dificuldades financeiras que a instituição atravessa. De acordo com um documento a ser discutido em assembleia geral, em 2017 cerca de 48% das estruturas associadas à CVP apresentaram “resultados negativos”, o que “demonstra a necessidade de implementação de medidas urgentes”, de acordo com o jornal Público.

Também em 2017, de acordo com o respetivo relatório de contas, a CVP teve um resultado positivo líquido de 208 mil euros, embora o passivo ascenda aos 63 milhões de euros.

Segundo uma fonte consultada pelo Público, em maio, o presidente da CVP terá dito que as dívidas ascendem a 11 milhões de euros, uma situação que precisa de ser “invertida”. Não são conhecidas, por enquanto, as contas referentes a 2018.

Entre as medidas a serem discutidas em assembleia geral esta quarta-feira está também a criação de um fundo de financiamento e a contribuição mensal das delegações, centros humanitários e organismos autónomos, e ainda a centralização da gestão.

Francisco George quererá rentabilizar o património imobiliário, o que inclui o Palácio Conde D’Óbidos, em Lisboa, e mudar os serviços centrais para outro destino. O jornal acrescenta que a ideia passa por arrendar uma parte deste palácio para a criação de um hotel e mudar a sede para novo local a construir em terrenos do hospital.

O presidente da CVP quer assinar um protocolo de cedência com a Câmara Municipal de Lisboa para adicionar dez hectares ao espaço do hospital daquela instituição, de forma a alargar de 30 para 40 hectares o espaço atualmente ocupado.

Ao jornal, Francisco George afirmou que a CVP estava bem e que as alterações em debate tinham em conta os serviços centrais: “Trata-se de agilizar procedimentos e tornar a sede mais digital para obter ganhos de eficiência”.

ZAP //

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