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Cristina Rodrigues: “Ninguém acredita que o André Silva vai sair porque foi pai”

A deputada não-inscrita Cristina Rodrigues alega que há instabilidade dentro do PAN e diz que “ninguém acredita que o André Silva vai sair porque foi pai”.

O deputado e porta-voz do PAN fez, na semana passada, a sua última intervenção em plenário e destacou que ser eleito foi “uma experiência cívica magnífica”.

“Neste momento não vejo rigorosamente cenário nenhum que me fizesse voltar à política”, afirmou André Silva em entrevista à agência Lusa dias antes de deixar a liderança do Pessoas-Animais-Natureza e também o parlamento.

Apesar de ressalvar que aprendeu “a nunca dizer nunca e a nunca dizer sempre”, o dirigente afirmou que “neste momento não se perspetiva nenhum regresso”.

“E portanto não há qualquer motivo para regressar porque, como referi, houve um período de afirmação e de consolidação do partido, que tem vindo a acumular sucessos e crescimento ao longo de todos estes anos”, destacou, defendendo igualmente que o PAN “tem todas as condições e todo o tempo” para “prosseguir aquilo que é o seu caminho” e o seu “percurso de crescimento”.

Em entrevista ao Observador, a deputada não-inscrita Cristina Rodrigues recusa a ideia de regressar sem que anteriores companheiras de bancada saiam do partido e tem dúvidas que o líder demissionário do PAN esteja de saída porque foi pai, apontando divergências com a direção na origem da decisão.

“Neste momento vejo o PAN como um capítulo fechado porque também não tenho uma expectativa muito grande em que acabe por haver uma mudança na direção”, disse a deputada, que admite saber do interesse do Volt, mas diz que não pensou no assunto.

Para voltar ao partido, Cristina Rodrigues diz que a saída de André Silva não é suficiente. “O André Silva já fez o favor de anunciar a sua saída, mas as restantes [Inês Sousa Real e Bebiana Cunha] parecem-me estar de pedra e cal”, realçou.

A deputada não-inscrita garante ainda que a instabilidade dentro do PAN é factual e duvida da justificação dada por André Silva para a sua saída.

“A instabilidade é factual, é evidente que existe e que ninguém acredita que o André Silva vai sair porque foi pai. Isso deixa absolutamente evidente essa instabilidade”, disse ao Observador.

“O que se via é que as pessoas que contrariavam determinadas pessoas ou tinham a coragem de contrariar a direção eram de alguma forma colocadas de lado, não eram vistas com bons olhos”, acrescentou Cristina Rodrigues, adiantando que a lei da rolha está a ser oficializada neste congresso do PAN.

ZAP //

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