A líder do CDS, Assunção Cristas, já disse e esta sexta-feira voltou a repetir: o CDS não fará qualquer acordo estrutural pós-eleitoral com PS e pretende ser uma alternativa de centro direita em Portugal.
“Damos a garantia de que somos um partido que não tem nenhuma intenção de fazer um acordo estrutural com o partido socialista, porque as questões estruturais que há para fazer no nosso país têm a ver com políticas diferentes, de alternativa”, afirmou.
Assunção Cristas falava, ao início desta tarde, aos jornalistas, à margem de uma visita ao Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA), do estuário de Tejo, localizado no concelho de Vila Franca de Xira.
A líder centrista ressalvou que o CDS “está onde sempre esteve, no espaço público de centro direita” e que o objetivo do partido passa por evitar “uma maioria de esquerda”, que a concretizar-se seria, considera Assunção Cristas, “muito perigosa para o país”.
“Aquilo que nós vemos à esquerda é um país capturado com a maior carga fiscal de sempre e com os piores serviços públicos de sempre. É isso que nós queremos mudar”, sublinhou.
Na semana passada, Cristas tinha já afirmado que o voto no CDS é o único que não vai apoiar o atual primeiro-ministro, António Costa. “Um voto no CDS não servirá para apoiar António Costa, um voto no CDS servirá para termos uma alternativa de centro-direita em Portugal. Quantos mais votos o CDS tiver, mais força tem esta ideia de alternativa, mais força têm as nossas ideias de políticas em concreto”, afirmou a líder centrista.
Relativamente aos motivos para visitar a zona do Estuário do Tejo, Assunção Cristas sublinhou que as questões da água, da biodiversidade e da sustentabilidade agrícola “são muito importantes para o partido”.
Nesse sentido, a líder do CDS manifestou a sua preocupação pelo avanço da cunha salina (água salgada), situação que pode pôr em causa do cultivo de arroz, e também a deterioração do Mouchão da Póvoa, uma pequena ilhota situada no rio Tejo.
ZAP // Lusa