Mais uma vez se comprova que quando as coisas parecem boas demais para serem verdade… quase sempre o são: e o smartphone de 3.29 euros que nunca se veio a concretizar não é excepção.
Há um ano atrás era anunciado na Índia o Freedom 251, um smartphone que era modesto mas se destacava por custar apenas 251 rupias – o equivalente a 3.29 euros na altura. Era uma promessa bastante ambiciosa, ainda para mais tendo em conta que se trataria do preço sem qualquer subsídio das operadoras.
O problema é que tudo parece não ter passado de um grande “esquema”, e mais de meio ano após o lançamento, que nunca chegou a ser feito, o fundador da empresa indiana, Mohit Goel, acaba de ser preso por fraude. Segundo a BBC, todo o processo por trás da operação é comparável a um “esquema de Ponzi”.
Há 6 meses, numa reportagem vídeo acerca do smartphone, uma jornalista da BBC Índia questionava já como seria possível produzir e vender por pouco mais de 3 euros um smartphone “com as características do que tinha sido distribuído à imprensa”.
Mais do que isso, realça a jornalista, é estranho a fabricante, Ringing Bells, anunciar que o aparelho seria produzido localmente na Índia, mas o aparelho distribuído à imprensa ter o logotipo da AdCom, uma fabricante chinesa – disfarçado com tinta branca por cima.
É certo que hoje em dia já temos visto telemóveis a preços incrivelmente reduzidos – como este telemóvel dual SIM por apenas 14 euros – mas a verdade é que de 14 para 3 euros ainda vai uma grande margem, que torna complicado explicar como seria economicamente viável criar um smartphone, por muito modesto que fosse, por um valor tão baixo.
Por vezes o barato sai caro, mas é certo que pode haver produtos super-baratos, que valem bem a pena. O importante é saber o está se a comprar, para não haver o risco de levar “gato por lebre”.
E no caso do Freedom 241, há muito tempo que a lebre fazia miau bastante alto.
ZAP // Aberto até de Madrugada