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Crato espera ter 4.500 professores aposentados em Janeiro

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Nuno Crato / Wikimedia

O Ministro da Educação, Nuno Crato

O Ministro da Educação, Nuno Crato

O ministro da Educação, Nuno Crato, estimou hoje que em janeiro estejam aposentados 4.500 docentes, de um total de 6.000 professores, que prevê que se aposentem em 2014.

Nuno Crato falava no parlamento em resposta a perguntas do deputado do Bloco de Esquerda, Luís Fazendo, sobre a incerteza das contas que incidem sobre as aposentações e rescisões, no valor de 240 milhões de euros.

“As contas são falíveis, nomeadamente aquelas que têm a ver com decisões humanas, mas os nossos serviços estudaram para ter aqui uma previsão o mais fiel possível”, disse Nuno Crato.

O ministro admitiu que os professores aposentados passarão a ser um encargo de outro ministério, o da Segurança Social, quando deixarem o sistema de ensino e passarem a receber as suas reformas.

Luís Fazenda advertiu que “mais cedo do que tarde” haverá um orçamento retificativo, alegando que a escola pública está em queda e a universidade encontra-se “à beira do colapso”.

Criticou ainda as contas apresentadas, afirmando que o orçamento “esconde uma espécie de ensaio para o cheque ensino” e acusando o ministério de fazer “experiências” à custa de uma escola pública de qualidade para todos.

O ministro alegou que foram conseguidos “ganhos de eficiência” de 102,2 milhões de euros com a reorganização dos Quadros de Zona Pedagógica e a agregação de escolas, bem como com a reformulação das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC).

Só com as AEC, o ministro disse que o “ganho de eficiência” foi de quase 38 milhões de euros, “sem acabar com as AEC”.

/Lusa

2 Comments

  1. Infelizmente, Nuno Crato não é o Ministro da Educação que Portugal precisa. Prometeu alguma coisa como ensaísta quando escreveu sobre o eduquês, mas tal não lhe garantiu os créditos para ser um bom ministro da educação. A conjuntura é desfavorável. Sem dúvida. Mas precisávamos de algo mais do que um ministro que esgrime números, mas que não vê a realidade da escola e do ensino e “aposta nos cavalos errados”. Infelizmente pensa que poupa, mas na verdade apenas compromete o futuro de muitos jovens e adultos portugueses.

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