O Regulamento de Comunicação da CP, em vigor desde dia 3 de Setembro, proíbe os trabalhadores da empresa de responderem a perguntas de imprensa e de expressarem opiniões pessoais que colidam com a boa imagem, actividade e negócios da empresa.
A notícia publicada esta terça-feira pelo jornal Público refere que o documento, assinado pelo presidente e vice-presidente da CP informa que “a comunicação da empresa deve proteger a sua reputação, bom nome, identidade e actividade comercial” em que “nenhum trabalhador da empresa está autorizado a dar resposta ou estabelecer contactos com a imprensa”, sendo essa função unicamente desempenhada pelo responsável de comunicação da empresa.
Além da imprensa, de acordo com o documento a que o Público teve acesso, os funcionários deverão “abster-se de comentar ou fomentar rumores sobre a Empresa, sua actividade ou negócios”.
Da mesma forma, quaisquer convites para participação em fóruns ou conferências deverão ser efectuados com autorização prévia da administração.
A Comissão de Trabalhadores veio já criticar esta medida e repudiar “o teor das normas regulamentadas dirigidas aos trabalhadores, na medida em que colidem com a sua liberdade de expressão e opinião” referindo o 37º artigo da Constituição sobre a liberdade de expressão sem impedimentos nem restrições.
Ao Público, José Reisinho da Comissão de Trabalhadores refere que com esta atitude a CP fomenta uma “lei da rolha“.
Segundo o jornal, este regulamento teve origem em supostas fugas de informação à imprensa relacionadas com a segurança na linha de Cascais.
ZAP