Faixa etária entre 70 e 79 anos nunca tinha registado tantos casos em Portugal. Espaços comerciais sem testes rápidos no fim-de-semana.
A máscara deixou de ser obrigatória no final de Abril e desde então, e como se esperava, o número de casos de COVID-19 aumentou substancialmente em Portugal.
Já se prevê a sexta vaga da doença em Portugal, embora a maioria dos casos não seja preocupante para o estado de saúde da pessoa infectada.
Com ou sem sintomas graves, o número de casos chegou mesmo a um recorde: de acordo com números do sábado passado, na faixa etária entre os 70 e os 79 anos a incidência a sete dias por 100 mil habitantes chegou aos 1.056 casos. Nunca tinha sido atingido um número tão elevado em toda a fase desta pandemia.
Na faixa seguinte, acima dos 80 anos, o recorde não está longe, ficando a 10% dos números máximos, continuou o matemático Óscar Felgueiras, em declarações ao Jornal de Notícias.
No global, quase todas as faixas etárias registaram, no mínimo, mais 50% de casos. Ao longo da semana passada houve mais 58% de casos diários e mais 46% de mortos em relação à semana anterior (passaram para cerca de 27 óbitos por dia).
“A incidência está a aumentar e rapidamente. Na onda de Janeiro/Fevereiro (de 2022) conseguiu-se proteger os mais idosos”, comentou o especialista.
Com os números e a preocupação dos portugueses a subir, a procura por testes rápidos voltou a aumentar também.
De acordo com o jornal i, no fim-de-semana passado houve supermercados e parafarmácias na zona da Grande Lisboa que deixaram de ter testes disponíveis; esgotaram.
A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição indica que os testes apenas poderão “ter esgotado momentaneamente numa loja”, mas sem ruptura de stock.
Já nos hospitais, a afluência continua a ser muito elevada em vários pontos do país, com o regresso aos tempos de gestões mais difíceis e apertadas.
Coronavírus / Covid-19
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