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Covid dispara. O que explica o aumento de casos?

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Junho trouxe o dia com mais casos desde setembro de 2023 e o dia com mais mortes desde julho de 2022. Há duas razões que explicam o aumento dos casos, dizem os especialistas.

A covid voltou em força no mês passado. As infeções e mortes provocadas pela doença subiram e o número de casos já tem vindo a aumentar desde o final de maio.

O dia 14 de junho registou 616 casos — o valor mais elevado desde 8 de setembro de 2023; a 26 de junho morreram 18 pessoas — o número mais alto desde 15 de julho de 2022.

Nos últimos sete dias, a média foi de 12 mortes por dia e perto de 400 novos casos diários ; há pouco mais de um mês morriam apenas, em média, três pessoas por dia — um quarto do número atual.

Quase 30% de doentes internados que testaram positivo ao longo dos últimos três meses.

A DGS até já recomendou que, em caso de sintomas como tosse, febre, dor de cabeça e dificuldade respiratória, deve-se usar máscara, manter distanciamento físico e evitar ambientes fechados ou aglomerados de pessoas.

Por que aumentaram os casos?

Há duas razões que explicam o aumento dos casos, segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Uma delas é o sucesso e adaptação da nova versão do vírus SARS-CoV-2. A sublinhagem JN.1 e as suas descendentes — entre as quais a KP.3 — a circular em atualmente em Portugal — “têm uma grande capacidade de fugir aos nossos anticorpos”, explica ao Expresso Manuel Carmo Gomes.

“Praticamente já não temos proteção contra estas novas linhagens do vírus”, disse.

O tempo que já se passou desde a última época de vacinação sazonal, que decorreu no outono de 2023 de uma forma que “não foi brilhante”, também tem influência no aumento de casos: entre a população elegível para vacinação — os maiores de 60 anos — foram vacinados 56,14%, segundo dados da DGS.

E apesar do que muitos possam pensar, é preciso lembrar que o vírus não quer saber se está calor ou frio.

“O SARS-CoV-2 não obedece a sazonalidade porque é bastante infeccioso e não ter imunidade perene faz com que existam, potencialmente, ondas fora de época de transmissão deste vírus”, explica Bernardo Gomes ao semanário.

A única diferença é que, no verão, a infeção acaba por ser “mais provável” devido a uma maior proximidade entre as pessoas, que se encontram com mais tempo livre e frequentam mais espaços partilhados por multidões como festivais de música.

Mas o aumento de casos “não se está a sentir” nos hospitais e urgências, “mas para as pessoas que têm muitas comorbilidades, os mais idosos, a covid é um perigo muito grande. Isso, de certo modo, justifica os óbitos”, afirma Manuel Carmo Gomes.

ZAP //

6 Comments

  1. Portugal, um dos países com maior taxa de vacinação contra a Covid está agora na crista da onda dos países com mais mortes em excesso. Não há notícias sobre isso? Não há diretos? Entrevistas? Cobertura 24/7? Quando foi para vacinar a malta era dia e noite com o sermão de que as vacinas eram boas e funcionavam. Agora que começam a saber-se os reais efeitos secundários das vacinas, já sendo consideradas por muitos uma arma biológica, a Comunicação Social está caladinha.

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  2. Nunca servi de cobaia (sim sou antivax, neste caso particular), a minha esposa foi vacinada, a minha filha também! A minha esposa teve covid, a minha filha também, eu nunca tive! Um dia a verdade vai ser conhecida…;D

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  3. Rui,
    Um grande amigo meu também era anti vacina, por isso não foi vacinado, infelizmente já não esta entre nos, morreu com covid, não tinha ainda 60 anos…
    Tudo por se ter deixado influenciar por conspiradores que percebem tanto de saúde como eu de submarinos, prefiro confiar nos cientistas.

  4. No longo prazo só a resistência dos nossos organismos pode resolver o problema do Covid. Tal como aconteceu com a pneumónica que acabou por desaparecer.

  5. Luis, lamento a sua perda, mas deixa de ser teoria da conspiração quando se prova que é verdade.
    Quais cientistas? Os mesmos que hoje não sabem definir o que é uma mulher? Os mesmos que recebiam comissões consoante o número de pessoas que eram vacinadas? Os mesmos que omitiram informação relativamente à taxa de mortalidade na fase de testes para que as vacinas fossem aprovadas? Os mesmos que admitiram ter inventado medidas como distanciamento social e uso de máscara? Os mesmos que admitiram que não testaram a transmissibilidade do vírus após vacinação? Os mesmo que retiraram as vacinas do mercado? Os mesmos que têm processos em tribunal? Os mesmos que admitiram ter inflacionado o número de casos e mortes? Os mesmos que escreveram um relatório de 29 páginas com efeitos secundários da vacina? Os mesmos que dizem que um paciente curado é um cliente a menos? Os mesmos que questionam se o sistema de saúde é um negócio rentável? Os mesmos que defendem a redução da população?
    Vai dizer que é mentira porque nada disto apareceu na televisão. Quando aceitarem que as televisões (que são financiadas pelo governo e grupos que têm poder no governo) não têm o objetivo de informar mas de manipular, quando começarem a fazer investigação em meios independentes de outros países, vão perceber que o Covid (e muitas outras coisas) são uma grande mentira. É mais fácil enganar alguém, do que convencer alguém que foi enganado.

  6. Luis Pedro,
    Vou ser sincero, não tive pachorra para ler todo o seu discurso.
    Eu ainda acredito que a terra é redonda, por isso não falamos a mesma linguagem.

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