/

“Terceira vez que apanho o bicho. Não facilitem”: a covid está mesmo de volta

1

OMS deixa aviso (também) sobre a Europa, nova vacina já chegou a Portugal e há dicas sobre os testes.

“Terceira vez que apanho o bicho. Quer dizer que temos de ter cuidado! Ele anda aí! Tinha 3 concertos que tiveram que ser cancelados este fim-de-semana. Não facilitem!”

A partilha de Rui Veloso, nesta quarta-feira, é o exemplo mediático recente de algo mais global: a COVID-19 está de volta.

Na verdade o coronavírus nunca desapareceu mas, nesta fase final do Verão, o impacto global tem sido outro.

Por cá, por exemplo, no Hospital de Santa Maria (Lisboa) a máscara voltou a ser obrigatória no internamento, devido ao aumento do número de casos de COVID-19.

Horas depois, também nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avisou que a pandemia está a matar mais pessoas na Ásia Oriental e no Médio Oriente, enquanto aumenta o número de pessoas hospitalizadas na Europa.

Embora seja complicado definir números em muitos países porque só 43 países continuam a reportar as mortes e apenas 20 dão dados de hospitalizações.

Mesmo assim, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, estima que haja centenas de milhares de pessoas no hospital por causa da COVID-19 e, por isso, reforçou: “O aumento de mortes e hospitalizações mostra que a COVID chegou para ficar e continuamos a precisar de ferramentas para lutar contra ela”.

Vacinas

Uma ferramenta essencial continua a ser a vacina. Praticamente 300 mil doses da nova vacina chegaram a Portugal nesta quarta-feira. O jornal Correio da Manhã indica que esta vacina já está adaptada para as novas estirpes (não há nenhuma variante dominante no planeta, nesta fase).

Com o frio a aproximar-se, repetem-se os apelos à vacinação – que em Portugal vai começar no dia 29 de Setembro. A administração da vacina será anual e focada nas pessoas dos grupos de risco, explicou na rádio TSF o coordenador da Comissão Técnica de Vacinação, Luís Graça.

Até porque, como lembrou Henrique Barros, director do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, a vacina anti-COVID não protege a pessoa durante a vida toda, nem durante “muitos anos”, avisou na rádio Renascença.

E o vírus não foi embora, avisou: “Foi um erro que muita gente propalou, infelizmente. Foi a ideia que o vírus era como alguém que batesse à nossa porta, entrasse em casa e se fosse embora. Mas não. Ele está aí, ainda tem momentos de aceleração, de maior presença – como está a acontecer -, e vai continuar entre nós, seguramente”.

Tranquilidade, mas…

Mas o mesmo Henrique Barros acalmou os mais receosos, no jornal Público: não estamos numa fase crítica da pandemia. “De maneira nenhuma. Não podemos comparar a situação actual em termos de gravidade, de dinâmica da infecção, de repercussões, com o que vivemos há dois ou três anos”.

O especialista lembra que houve picos no Verão dos anos anteriores – e neste ano, além das férias habituais e da maior movimentação de pessoas, houve Jornada Mundial da Juventude.

Mas defende o reforço da vacinação, não concordando com o facto de a vacina ser gratuita apenas para portugueses com 60 anos ou mais.

E os testes?

Os já habituais testes, que ainda devem estar nos móveis de muitas casas, têm datas de validade indicadas.

E alguns, indica o portal Axios, têm uma data de validade estendida – que alarga o período durante o qual o teste revela resultado credível.

Os testes caseiros COVID-19, que já tenham ultrapassado a data mencionada na caixa, podem apresentar testes enganadores, avisam as autoridades de saúde.

Os “velhos” testes, acreditam os especialistas, vão detectar as novas variantes do coronavírus.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

1 Comment

  1. Vacinas? Uma vacina é para evitar ser contaminado e não transmitir aos outros… Isto é mais um produto experimental. Aliás a autorização foi de emergência e nem cumpriu todas as fases de testes, que são três. Este produto ficou-se pelas duas fases de testes. E os sms e e-mails trocados entre a Snra. Ursula e o Snr. Bourla (Pfizer) que se esfumaram… Nunca se soube quais as condições de contratação… Huuum…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.